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Muralha do Brasil: Carol se torna maior bloqueadora do Mundial

Paredão do Brasil, central fecha vitória sobre Porto Rico como a maior pontuadora da seleção, com 16 pontos no total e oito de bloqueio. Zé Roberto elogia: “Tem feito trabalho excepcional”

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|Foto: Getty Images|
Rui Barbosa

A cena se repetiu algumas vezes. Contra Porto Rico, Carol se multiplicou junto à rede. Foram oito pontos de bloqueio, 16 no total, deixando a quadra como maior pontuadora do Brasil. Ao se confirmar como paredão da seleção, a central saltou nas estatísticas e se tornou a maior bloqueadora do Mundial: são 29 pontos até aqui. A marca se torna ainda mais importante diante da ausência da jogadora na partida contra o Japão, na única derrota do time na competição, por conta de uma lesão muscular.

Parte essencial do sistema brasileiro, Carol não é uma central tão alta. Em uma posição que costuma contar com gigantes, tem 1,83m. Ela, porém, se destaca pela visão. O processo começa antes mesmo do salto. Ao analisar o ataque rival, Carol ajusta seu próprio posicionamento junto à rede. Assim, compensa os centímetros a menos de altura para fechar a porta para o bloqueio rival. Tem dado certo.

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– Fico feliz principalmente por poder ajudar o time. A gente sabia o quanto essa vitória seria importante nessa caminhada. Faltam cinco jogos. Estamos com essa contagem na cabeça, mas em busca do nosso melhor jogo. Prevalece o coletivo. Claro, temos os bloqueios. Mas sem a base não é possível. Também uma defesa bem posicionada, que dá uma segurança maior para que a gente faça um pouco mais de leitura, arrisque um pouco mais. O grupo está de parabéns – disse a jogadora, logo após a vitória contra Porto Rico.

A central também recebeu elogios de Zé Roberto. O técnico lembrou da falta que Carol fez na única derrota do Brasil no Mundial até aqui, contra o Japão.

– Carol é uma jogadora que organiza muito o sistema defensivo. Pela forma que ela se coloca bloqueando, como vê o jogo. Ela tem o timing. Com toda a experiência que ela adquiriu todos esses anos, ela ajuda muito em todo o processo. A partir de um bom saque, quando a gente consegue quebrar o passe, e partir para as ações seguintes. Ela está tendo um equilíbrio excepcional. Bem como no ataque. Ela tem feito um trabalho excepcional. Ela fez muita falta contra o Japão. Pelo nível de exigência no campeonato, ela é uma jogadora muito importante.

Desde a queda, porém, o Brasil embalou. Carol lamenta que o time tenha melhorado a postura em quadra apenas depois da derrota para o Japão. Agora, porém, festeja a boa sequência até aqui – já são três vitórias seguidas, contra China, Itália e Porto Rico.

– Infelizmente ou felizmente isso aconteceu. Infelizmente porque a gente não quer perder um jogo para depois rever o que precisa fazer. A gente quer estar 100% assim, o tempo inteiro focado. Mas que bom que veio uma derrota em um momento que a gente podia perder. E, agora, estamos bem embaladas mesmo, com nosso foco total nos adversários.

O Brasil já volta à quadra nesta sexta-feira. O time encara a Holanda às 15h15, com transmissão do sportv2 e cobertura em tempo real do ge. O rival é bem conhecido para Carol. Noiva de Anne Buijs, capitã do time holandês, a central falou sobre os perigos das donas da casa. E, claro, da vontade de vencer a companheira.

– É muito bom, sempre muito divertido. Quero que ela dê o melhor dela porque sempre falo: “Quero ganhar de você com o seu melhor” (risos). Já contando com a vitória. Mas depois a gente consola uma à outra. Faz parte. Claro que ela vai falar de mim para o treinador dela, jogamos juntas também. Vou fazer a mesma coisa. Fica a expectativa de cada uma fazer o seu melhor.

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