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Agronegócio

Soja pode responder por mais da metade do valor da produção agrícola, diz IBGE

Produção de soja, de 134,9 milhões de toneladas, 10,8% maior que a de 2020, alcançou R$ 341,7 bilhões em valor de produção em 2021

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|Foto: Divulgação|
Rui Barbosa

O Brasil colheu no campo em 2021 praticamente o mesmo volume de produtos agrícolas obtido no ano anterior, mas recebeu montante recorde pela produção.

O destaque no ano passado foi a soja, que respondeu por 46% do valor da produção agrícola brasileira em 2021.

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Os dados são da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) 2021, divulgada nesta quinta-feira (15), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Pode ser que a soja supere muito em breve os 50% do valor da produção agrícola nacional”, previu Winicius Wagner, gerente da pesquisa do IBGE.

A colheita recorde de soja em 2021 fez a produção nacional do grão superar a safra americana pelo terceiro ano consecutivo, consolidando o Brasil como o maior produtor mundial de soja, frisou o pesquisador do IBGE.

“Mais impressionante é que, mesmo com a produção 10% maior que a do ano anterior, ou seja, mesmo com uma oferta maior do produto no mercado, o preço atingiu recorde em 2021”, ressaltou ele.

A safra agrícola brasileira alcançou um valor de produção recorde de R$ 743,3 bilhões em 2021, um crescimento de 58,6% ante o desempenho registrado no ano anterior.

“Houve elevação de custos com insumos, mas o gasto maior com a manutenção da lavoura foi mais do que compensado pela valorização do dólar ante o real e pelo aumento de preços de produtos agrícolas no mercado internacional”, disse Wagner.

“O aumento nos insumos de produção penaliza o produtor, mas ele é compensado de certa forma pelos preços das commodities”, afirmou.

A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas alcançou 254,4 milhões de toneladas no ano de 2021, 0,4% menor que a de 2020.

A área plantada chegou a 85,8 milhões de hectares, 3,3% superior à de 2020.

“O ano foi marcado pela instabilidade climática entre o outono e o inverno, que afetou principalmente o desenvolvimento das culturas de 2ª safra em boa parte do território nacional. Culturas como o milho, a cana-de-açúcar e o café apresentaram significativa queda na produção. Os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul foram os mais afetados. Contudo, as principais culturas temporárias (anuais) com predomínio de cultivo na 1ª safra, como a soja e o arroz, apresentaram bons resultados. Destaque para o Estado do Rio Grande do Sul, que apresentou boa recuperação, após problemas climáticos enfrentados no ano anterior, que afetaram a produtividade de diversas culturas no território gaúcho”, justificou o IBGE, em nota.

A produção de soja, de 134,9 milhões de toneladas, 10,8% maior que a de 2020, alcançou R$ 341,7 bilhões em valor de produção em 2021, um salto de 102,1% ante o ano anterior.

O município de Sorriso, em Mato Grosso, obteve o maior valor de produção de soja, com uma fatia de R$ 5,0 bilhões, seguido por São Desidério, na Bahia, com R$ 4,2 bilhões, e Rio Verde, em Goiás, com R$ 3,7 bilhões.

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