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Fumaça de queimadas na Amazônia é registrada no oeste do Paraná, segundo Simepar

Meteorologista explica chegada da fumaça devido a entrada de frente fria e alerta para possibilidade de novo registro do fenômeno na próxima semana

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| Foto: Reprodução RPC|
Velho Oeste

A fumaça resultante de queimadas na Amazônia e região Centro-Oeste do Brasil foi registrada no oeste do Paraná nesta sexta-feira (9), de acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). 

Cidades como Cascavel, Nova Santa Rosa, Foz do Iguaçu, Toledo e Guaíra registraram o céu encoberto por um nevoeiro cinza. O mesmo fenômeno foi registrado em municípios do oeste de Santa Catarina e São Paulo.

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Registros feitos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que a fumaça veio da região da Amazônia que fica a mais de três mil quilômetros dos registros feitos nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. 

A altura média do material suspenso na atmosfera, segundo o Simepar, é três a 20 km altura e os efeitos causados pela fumaça podem ser identificados mais facilmente no nascer e no pôr do sol, com céu esbranquiçado e sol mais avermelhado.

De acordo com a meteorologista Fabiene Casamento a chegada da fumaça ocorre por ventos, conhecidos por jatos baixos, que são intensificados devido a chegada de uma frente fria.

“Elas avançam para o Paraná devido aos ventos a 1,5 quilômetros de altitude, conhecidas também como jatos de baixos níveis e elas são intensificadas agora por conta da aproximação de uma frente fria que agora já está causando chuva forte e até queda de granizo, em Santa Catarina. Ao longo da semana que vem, deve diminuir bastante essa ocorrência de fumaça por causa dessa mudança de vento e da passagem da outra frente fria”, explicou Fabiene.

Previsão para a próxima semana

A meteorologista alerta, no entanto, que a cortina de fumaça pode voltar a ser registrada a partir do dia 18 de setembro devido a entrada de outra frente fria e caso as queimadas não cessem.

“Pelos modelos meteorológicos estamos verificando que a partir do dia 18, os ventos, esses jatos de baixo nível, voltem a atuar no sul do Brasil, trazendo, se ocorrer mais queimadas, a fumaça vai voltar.” Fabiene Casamento – meteorologista

Queimadas na Amazônia

Em apenas sete dias de setembro deste ano, o número de queimadas na Amazônia já superou a quantidade de focos de incêndios de todo o mês de setembro de 2021.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o bioma registrou 18.374 focos de incêndio entre 01 e 07 de setembro de 2022. Em 2021, foram 16.742 focos no mês inteiro – um aumento de quase 10%.

Até agora, o bioma teve 64 mil focos de incêndio – os números de 2021 vêm sendo superados desde maio. No ano passado inteiro, foram registrados 75.090 focos).

Em agosto, a Amazônia teve o pior agosto de queimadas dos últimos 12 anos. Foi o quarto ano consecutivo de números acima de 28 mil. O número foi tão alto que, segundo o programa de monitoramento ambiental Copernicus, da União Europeia, afetou “seriamente” a qualidade do ar na América do Sul.

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