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Grupos marcam reunião, mas ainda estão distantes de consenso para formar liga

Integrantes da Libra e da LFFB vão se encontrar na próxima segunda-feira, em São Paulo

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|Foto: Divulgação|
Gramado Presentes

Liga do Futebol Brasileiro (Libra) e Liga Forte Futebol do Brasil (LFFB) terão sua primeira reunião na próxima segunda-feira, em São Paulo. Será o primeiro encontro entre os grupos após a formalização dos dois blocos.

Antes mesmo de oficializar a LFFB, os clubes tentaram por duas vezes organizar conversas com representantes da Libra, mas a reunião solicitada acabou desmarcada em cima da hora, e o convite formal enviado dias depois foi ignorado. A reunião desta segunda não significa necessariamente uma mudança nesse quadro.

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O ge ouviu pessoas ligadas aos dois blocos. Se a leitura da LFFB é de que agora se inicia uma negociação, na Libra segue a postura de não negociar os termos já acordados por seus membros com associações que não aderiram. Em resumo, a Libra formou uma comissão com três dirigentes para ouvir a exposição e propostas da LFFB, mas sem autonomia para negociar.

Duílio Monteiro Alves (Corinthians), Andrés Rueda (Santos) e Thiago Scuro (Bragantino) serão os três responsáveis por levar aos demais membros da Libra as projeções e propostas apresentadas pela LFFB.

Do outro lado, a LFFB criou uma comissão para liderar as tratativas antes mesmo de formalizar a liga, com seis clubes: América-MG, Atlético-MG, Fortaleza, Fluminense, Internacional e um integrante da Associação Nacional de Clubes de Futebol (ANCF), que representa diversas agremiações da Série B do Brasileiro.

Representantes da empresa Live Mode, que auxilia a LFFB nas projeções e definições de critérios para negociação, não participarão. A Libra tampouco deve ter representantes da Codajas Sports Kapital no encontro. A intenção dos dois lados é deixar as tratativas nas mãos dos dirigentes dos clubes, auxiliando com informações, estruturação e busca de investidores.

Os temas que levam ao impasse que se arrasta há alguns meses são conhecidos. Divergências no rateio de receitas, no percentual destinado aos clubes da Série B e nos critérios de divisão de cotas atreladas a variáveis como performance esportiva e engajamento.

Um ponto sensível para o grupo dos clubes da LFFB é a recente dificuldade na venda de direitos da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, que só estão negociados até o fim deste ano – enquanto os direitos da Série A já foram vendidos até 2024.

A questão é que até o momento há dificuldade de encontrar propostas. Integrantes da Libra acreditam que, se a situação se prolongar, alguns clubes da LFFB podem mudar de bloco.

Enquanto integrantes da LFFB ouvidos pelo ge entendem que a reunião de segunda-feira será uma conversa em busca de consenso, no lado da Libra a intenção é não negociar, mas ouvir e, caso haja alguma proposta que considerem fazer sentido, levar aos demais membros para análise.

A LFFB pretende identificar os pontos em comum nos estatutos das duas ligas que possam servir como base de um documento para criação de uma liga única no futuro. Há diferenças importantes, como a necessidade de unanimidade na Libra para mudar questões como o rateio de receitas. Na LFFB, a opção foi por maioria qualificada.

Como os direitos da Série A estão negociados até o fim de 2024, na CBF a leitura é de que uma eventual troca de gestão do Campeonato Brasileiro só aconteça a partir de 2025. Mas a Libra vislumbra uma espécie de coorganização já em 2024 como forma de suavizar a transição. Tudo depende de quanto tempo será necessário para que os blocos cheguem a um consenso.

D Marquez
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