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Exame clínico atesta que zagueiro Renan não estava embriagado ao ser preso

Zagueiro Renan, emprestado pelo Palmeiras ao Red Bull Bragantino, atropelou um motociclista em São Paulo

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em

Foto: Uol Esportes
Velho Oeste

Um exame médico feito na manhã de ontem atestou que o zagueiro Renan Victor da Silva não estava embriagado e nem alcoolizado às 10h07, cerca de quatro horas depois de ter atropelado e matado o motociclista Eliezer Pena em Bragança Paulista (SP). O “Auto de Exame de Constatação Clínica de Embriaguez” elenca 13 características no modo de agir do jogador que permitiram ao médico constatar que ele estava “não embriagado, sem elementos para alcoolizado”, conforme consta a caneta no documento, ao qual o UOL Esporte teve acesso.

O zagueiro de 20 anos, contratado pelo Palmeiras e emprestado ao Bragantino, dirigia um Honda Civic quando atropelou Eliezer, que morreu na hora. O jogador não se feriu e foi preso em flagrante pela Polícia Rodoviária Estadual. A polícia afirmou que, naquele momento, ele tinha hálito com “odor etílico”, mas sem sinais de embriaguez. Por orientação do advogado Marcus Valle, Renan se recusou a fazer o teste do bafômetro logo após o atropelamento. Trecho do documento que relata o exame clínico feito em Renan:

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“Atitude: visivelmente excitado, falando muito? Não

Orientação: sabe onde se encontra e por quê? Sim

Memória: lembra-se do que fez nas últimas horas? Sim

Locução: dificuldade em articular palavras? Não

Marcha cambaleante? Não

Hálito etílico? Não

Apresenta o paciente sinais clínicos de ingestão de bebida alcoólica e/ou substância análoga? Não”

No exame, o médico responsável anotou que Renan estava “choroso e ansioso”.

A delegada Aline Ferreira disse que o atleta admitiu ter ingerido bebida alcoólica em uma festa na noite anterior. Ela cogitou indiciá-lo por homicídio doloso (quando há intenção de matar ou quando se assume o risco de produzir morte), mas voltou atrás quando o o exame clínico deu negativo para embriaguez.

O crime de Renan foi inicialmente tipificado como homicídio culposo, que tem pena de dois a quatro anos. Como ele também não tinha habilitação para dirigir, a pena pode aumentar. A tipificação ainda pode mudar caso o Ministério Público considere que o zagueiro assumiu o risco de matar a vítima.

Se for enquadrado no crime de homicídio doloso, o atleta será julgado pelo Tribunal do Júri e pode sofrer uma pena de até 20 anos de prisão. Depois de passar uma noite preso, ele foi liberado com a promessa de pagar em até 72 horas uma fiança de R$ 242 mil. Marcus Valle, advogado que o acompanhou na audiência de custódia, disse que Renan ainda estava em estado de choque hoje. “Estava muito difícil até de conversar com ele. Ele estava muito chocado, totalmente assustado, como se a ficha ainda não tivesse caído”, afirmou ele.

Com informações Uol Esportes

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