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‘Jornada nas estrelas’ de mineira que descobriu asteroide começa nesta terça com viagem aos EUA

Treinamento na NASA começa no dia 29, mas Laysa Peixoto Sena Lage já embarca para Nova York na tarde desta terça. Em agosto do ano passado, a garota descobriu um asteroide analisando imagens do computador de casa.

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Laysa recebeu roupa especial durante um curso que fez em Brasília, na Wogel SpaceLab — Foto: Arquivo pessoal
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Laysa Peixoto Sena Lage embarca para os Estados Unidos nesta terça-feira (24), levando na mala o sonho de ser a primeira mulher brasileira a ir para o espaço. A “jornada nas estrelas” da jovem de 18 anos, que descobriu um asteroide, no ano passado, começa mesmo no dia 29 de maio, com o treinamento na Nasa.

A jovem desembarca antes na casa de uma tia, em Nova York. Depois, elas seguem para o Alabama onde a aventura começa.

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“Estou muito animada e cheia de expectativas para realizar um sonho”, disse Laysa.

Laysa vai ficar nos Estados Unidos por um mês, tempo em que vai fazer o curso e também conhecer outros complexos da NASA.

Descobrir um asteroide e ser medalhista de olimpíadas científicas ajudou Laysa a passar na seleção. Ela levou a prata na 23ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, em 2020, e chegou à final da Competição Internacional de Astronomia e Astrofísica, sendo contemplada com a de bronze.

“Serei tripulante da Expedição 36 do curso Advanced Space Academy da NASA, em que serei treinada como astronauta. Esse é um grande passo na minha jornada até me tornar a primeira mulher brasileira a ir ao espaço, que é meu maior objetivo”, disse Laysa.

Doações para despesas

No ano passado, ela criou uma “vaquinha” para para conseguir arcar com as despesas da viagem.

“Recebi ajuda de muitas pessoas que estão me apoiando nessa ‘jornada nas estrelas'”, disse Laysa.

Relembre a descoberta do asteroide

Laysa descobriu asteroides para a Nasa em agosto e o batizou de LPS 003, suas iniciais.

Ela se interessou pelo tema no início de 2021, quando viu no site da Nasa a campanha de “caça asteroides”. O projeto é realizado em parceria com a The International Astronomical Search Collaboration.

“Desde o início do ano, participo da caçada aos asteroides da Nasa. Eu vejo as imagens pelo telescópio e estudei o sistema solar do instituto no Havaí. Analiso pixel por pixel da imagem, percebo algumas características e valores. Aí fui enviando relatório para eles. Depois de um tempo, eles comprovaram que era um asteroide mesmo e, por enquanto, ele terá as iniciais do meu nome. Ganhei até certificado”, contou Laysa.

Na época, ela estava no 2º período de física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Laysa estudou em uma escola pública e sempre foi apaixonada pelas estrelas.

“É uma experiência indescritível, sempre foi meu sonho poder contribuir com a física, com a ciência (…) sempre fui apaixonada pelas estrelas e o que me deixa mais feliz é que estudei a vida inteira em escola pública, então, independentemente de onde a pessoa estudou, ela pode realizar sonhos e conseguir o que quiser”, comemorou.

A “caçadora de asteroide” faz parte do Observatório Astronômico da UFMG.

Descoberta foi feita do computador de casa — Foto: Arquivo pessoal

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