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Ministério da Agricultura tenta linha de crédito específica para suinocultores

O pedido é para que a linha seja incluída já no atual Plano Safra e prorrogada para o próximo

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Fonte: Thiago Gomes/Susipe
Imobiliária Maurício Vazquez

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) solicitou ao Ministério da Economia uma linha de crédito com condição especial para suinocultores.

A linha para retenção de matrizes estaria vinculada às Operações de Custeio, porém com uma dilatação do prazo de carência, de 12 meses para 24 meses.

Dr. Pedro Wild

De acordo com o diretor de Política de Financiamento do Mapa, Wilson Vaz, o pedido é para que a linha seja incluída já no atual Plano Safra e prorrogada para o próximo.

Ainda não existe um prazo para aprovação ou reprovação do pedido feito à Economia.

Para ser incluído no Plano Safra 21/22, a expectativa é de que o pleito seja apreciado na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), prevista para o dia 28 deste mês.

“A nossa intenção é aprová-la já na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional. Nós fizemos o encaminhamento nesse sentido. Então, se ela for aprovada de imediato, até 30 de junho, vale as regras que estão vigentes. A intenção também, já que a gente não vê sinais de arrefecimento no curto prazo dessa situação, é renovar essa linha para 2022/2023”, pontuou o diretor.

As condições previstas atualmente para o Plano Safra 21/22 são:

Limite de crédito por beneficiário – R$ 250 mil

Juros – 5,5%

Limite de crédito por beneficiário  – R$ 1,75 milhão (em vigor até 30 de junho, depois retorna para R$ 1,5 milhão)

  • Demais produtores de suínos:

Juros – 7,5%

Limite de crédito por beneficiário – R$ 4 milhões

No entanto, mesmo com uma resposta positiva do CMN, para que os produtores possam ter acesso ao crédito será necessária a aprovação do projeto de lei do Congresso Nacional (PLN) 1 de 2022. A proposta coloca mais R$ 868,5 milhões para a equalização de juros, o que na prática significará mais R$ 24 bilhões para o financiamento agrícola. O ministério não deu detalhes sobre a quantidade que seria destinada às Operações de Custeio.

Setor faz coro

Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, o pedido já tinha sido feito há algum tempo.

Ele explica que os produtores perderam o capital de giro devido a elevação dos custos e prejuízos, o que inviabiliza a manutenção da atividade. De acordo com ele, essa linha ajudará os produtores a retornarem com esse capital de giro, já que terão um prazo maior para multiplicar o dinheiro e realizar o pagamento.

O setor também tenta outras medidas para conter a crise, como a isenção do PIS e Cofins para o milho importado, encerrada desde o fim de 2021.

“A questão da manutenção da isenção das alíquotas de importação são importantes para diminuir um pouco essa pressão do milho. A gente sabe que a perspectiva agora para julho, agosto, é de entrar a safrinha, essa pressão vai baixar, mas nós estamos aí com esse pleito desde janeiro. Veja bem: estamos pagando aí R$ 90, R$ 100, numa saca de milho, o que é inviável para produção”, pondera Lopes.

No próximo dia 26, representantes nacionais do setor, parlamentares e autoridades do governo executivo se reunirão em Brasília para discutirem a situação dos criadores de suínos no Encontro Político da Suinocultura.

O presidente da ABCS reitera que o encontro será mais uma oportunidade para pressionar e encaminhar os pedidos.

“Existe realmente uma situação gravíssima dentro da suinocultura brasileira, e esse ato no dia 26, é exatamente para mostrar que nós estamos precisando urgentemente de todas essas ações que nós pedimos ao ministério, tanto da Agricultura como da Economia para que a gente possa salvar o maior número de produtores, porque já está havendo aí uma retirada de pequenos e médios produtores, pois não estão conseguindo pagar os custos da atividade” ressaltou.

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