Fale com a gente
Imobiliária Maurício Vazquez

Saúde

Primeiro reimplante de testículos do mundo é autorizado

Procedimento será voltado para pacientes que tiveram câncer durante a infância e vai usar tecido congelado para tentar restaurar a fertilidade

Publicado

em

Pesquisadores analisaram desenvolvimento dos pacientes por cerca de 20 anos | FOTO: Universidade de Bruxelas/Divulgação
Providência

Uma pesquisa pioneira da Universidade de Bruxelas, na Bélgica, está a um passo de devolver a fertilidade a homens que precisaram retirar os testículos. Liderada pela pesquisadora Ellen Goossens, a equipe acaba de receber autorização – do conselho de ética da Universidade – para fazer a primeira cirurgia de reimplante de tecido testicular do mundo.

O procedimento será voltado para pacientes que tiveram câncer durante a infância e vai usar tecido congelado para tentar restaurar a capacidade de produção de espermatozoides dos pacientes. Apesar de a autorização para o implante só ter chegado agora, o estudo vem sendo feito há mais de 20 anos pelo grupo da doutora Goossens. Desde 2002, 128 meninos que passaram por tratamento para câncer tiveram os testículos coletados e congelados nas dependências da universidade.

Dr. Pedro Wild

o longo dos anos, os cientistas investigaram os efeitos do tratamento para o tumor no desenvolvimento dos pacientes. Uma das frentes de pesquisa buscou entender justamente quem não produz gametas e descobrir se isso atrapalha a entrada dos jovens na puberdade, além de tentar alternativas para restaurar a fertilidade deles.

“Atualmente, está em andamento um estudo no qual meninos que tiveram tecido armazenado são acompanhados para que possamos investigar se a puberdade está ocorrendo normalmente e se eles são férteis na idade adulta. Isso é importante porque ainda se sabe muito pouco sobre os efeitos dos tratamentos contra o câncer em uma idade jovem”, diz Goossens.

Depois de uma avaliação bem-sucedida pelo Conselho de Ética, a universidade liberou os pesquisadores para que realizem as próximas fases do estudo. A expectativa é que o primeiro transplante seja realizado ainda em 2022. Além dos recursos da Universidade de Bruxelas, a pesquisa contou com financiamento privado da Kom op tegen Kanker, instituição de caridade local que aporta fundos em investigações de tratamentos para diversos tipos de cânceres.

Sicredi
Continue Lendo

Doce Arte
Doce Arte