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Agronegócio

Robô surpreende agricultores por matar ervas daninhas com eletricidade

Os robôs Tom (esquerda) e Dick (direita) em operação para matar ervas daninhas em uma fazenda na Inglaterra

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em

|Foto: Divulgação/Small Robot Company|
Rui Barbosa

Em vez de recorrerem aos seus trabalhadores humanos, os donos de uma fazenda na Inglaterra contaram com a ajuda de três robôs para detectar e eliminar ervas daninhas com ajuda da eletricidade. Em seguida, as sementes no solo limpo puderam ser plantadas.

Nomeados de Tom, Dick e Harry, os robôs foram desenvolvidos pela Small Robot Company, uma startup britânica de agrotecnologia, com o objetivo de livrar a terra de ameaças às plantações, com o uso limitado de produtos químicos e maquinário pesado.

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Em entrevista à CNN Internacional, Ben Scott-Robinson, cofundador e presidente-executivo da empresa, explicou como o sistema funciona para a proteção do plantio e como a eletricidade é usada para remover ervas daninhas:

“Ele cria uma corrente que atravessa as raízes da planta através do solo e depois volta, o que destrói completamente a erva daninha. Podemos ir a cada planta individual que está ameaçando as plantas cultivadas e retirá-la”, afirmou

“Não é tão rápido quanto seria se você saísse para pulverizar todo o campo. Mas você tem que ter em mente que só temos que entrar nas partes do campo onde as ervas daninhas estão. As plantas que são neutras ou benéficas para as culturas são deixadas intocadas”, completou.

A Small Robot chama essa técnica de “per plant farming” (“agricultura por planta”, em tradução livre) — um tipo de agricultura precisa onde cada planta é contabilizada e monitorada.

O robô mais velho, Tom, foi lançado em abril de 2017 e logo foi disponibilizado no mercado. Ele já está em operação em três fazendas no Reino Unido.

De acordo com a Small Robot, Tom tem a capacidade de escanear 20 hectares por dia, coletando dados que, posteriormente, serão usados e entra em ação para plantar sementes no solo limpo.

Já os robôs Dick e Harry ainda são protótipos e encontram-se em fase de testes.

Com o sistema, a promessa é que os agricultores reduzam os custos de operação em 40% e o uso de produtos químicos em até 95%. “O recurso que criamos permite que os agricultores livrem seus solos esgotados e danificados de uma dieta baseada em produtos químicos”, explica Scott-Robinson.

A inovação surge em um momento no qual diversas instituições globais condenam a aplicação de agrotóxicos nas plantações, levando em conta seus prejuízos ao solo e a saúde dos consumidores. No entanto, o uso destes recursos ainda persiste em muitas localidades.

De acordo com estudo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), seis milhões de toneladas métricas de pesticidas foram comercializadas globalmente em 2018, avaliadas em US$ 38 bilhões.

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