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Piloto que morreu em rali errou trilha e narrou cansaço a amigo: “Fez esforço físico muito grande”

Corpo de Daniel Santos, de 36 anos, é encontrado de bruços, sem sinais de violência ou marcas produzidas por acidente. Ele estava a 2km do percurso oficial do Rally Cerapió, em trecho de difícil acesso: “Não tinha mais como subir’

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| Foto: Reprodução/Instagram|
lift training

A organização do Rally Cerapió esclareceu nesta sexta-feira o que teria ocorrido com o piloto Daniel Santos, de 36 anos, encontrado morto enquanto competia no evento. Depois de 24h de buscas, o corpo do competidor foi achado sem marcas de violência ou acidente no distrito de Ubatuba, no município de Granja, no Ceará, na divisa com o estado do Piauí.

Ehrlich Cordão, organizador do evento, relatou que Daniel errou o caminho do percurso oficial e caiu em uma trilha fechada, de acesso complicado, não tendo forças para retornar.

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No relato do organizador, o piloto pode ter passado por um processo de exaustão. Daniel estava de bruços, perto da sua moto, sem o capacete e o colete de identificação do Cerapió.

— A gente acredita que (tenha ocorrido) um processo de exaustão, ele fez um esforço físico muito grande. Errou a trilha, e isso dificultou as nossas buscas. Temos uma “equipe vassoura”, de moto, que vai varrendo a prova. Nas estradas onde o carro pode passar, temos paramédicos com todos os equipamentos de primeiros socorros. Quando os “vassouras” desceram a serra, não o encontraram — explicou.

— Acionamos as nossas equipes às 16h (de quarta-feira), indagando os pilotos, pegamos os rastreadores, os GPS, fizemos um levantamento. Nossa equipe rodou das 21h até as 5h (de quinta-feira), e não o encontramos porque ele errou o caminho e desceu 2km em uma trilha fechada. Quando chegou embaixo, não tinha mais como subir. Quando ele tentou voltar, acho, ele já estava cansado, deitado de chão de bruços, a moto em pé, ele sem o capacete e o colete. Deu tempo dele tirar tudo isso, não foi acidente violento. Ficamos muito tristes, lamentamos o que aconteceu. Estamos solidários — narrou Cordão.

Amigo do piloto, Roberlan Chacon disse que conversou com Daniel Santos na largada da etapa. Ele narrou do cansaço do dia anterior.

— Ele não tinha nenhum problema de saúde aparente, mas ele reclamou do cansaço sim. A gente teve uma conversa pela manhã, na largada, porque a prova foi bem intensa, bem dura, uma prova de nove horas e meia no dia anterior. Compartilhamos (esse assunto) de manhã, e ele largou — Roberlan Chacon, piloto e amigo de Daniel Santos, em entrevista à Rede Clube.

Daniel participava da categoria de motos do Cerapió, que era válida pelo Campeonato Brasileiro de Enduro de Regularidade (CBM). O competidor fazia a terceira etapa, que tinha 294 km de percurso.

O piloto era empresário, dono de uma loja de artigos relacionados a motocross, e tinha experiência em provas da modalidade no Espírito Santos e outros estados. Essa, porém, foi a primeira vez que corria em uma prova no Piauí.

Na manhã desta sexta-feira, um dia triste e de comoção dos competidores do Cerapió. A esposa e uma das três filhas de Daniel Santos, de 11 anos, o acompanhavam na prova.

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