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PCC coloca faixas em 18 cidades e ameaça motociclistas por barulho

Mensagem de facção achada em São Paulo e até fora do estado diz que os que fazem manobras estão “sujeitos a cacete”

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Faixa com ameaça a motocilistas em Osasco (SP) REPRODUÇÃO/RECORD TV
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Faixas com ameaças a motociclistas que fazem reuniões para realizar manobras foram instaladas pela facção criminosa PCC em ao menos 24 vias de bairros de 18 cidades, a grande maioria na Grande São Paulo e no litoral.

As mensagens afirmam que está “sujeito a cacete” o motociclista que chamar no grau (empinar a moto), atividade que se tornou comum nas reuniões de jovens. O comunicado veta também “tirar de giro” – apertar a embreagem da moto para fazer um barulho alto.

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Segundo apuração da Polícia Civil e acompanhamento do caso pelo Ministério Público, as faixas foram colocadas a mando da facção. Veja as cidades e alguns dos bairros onde as faixas já foram vistas e precisaram ser retiradas pelas autoridades:

• São Paulo – Heliópolis, Parelheiros e Jaçanã
• Osasco – Favela da 4 e Vila Menck
• Carapicuíba
• Cotia
• Campo Limpo Paulista
• Várzea Paulista
• Jundiaí – Jardim São Camilo
• São José dos Campos – Campo dos Alemães
• Campinas – Jardim Campo Belo
• Piracicaba – Jardim Esplanada e
• Santos – Morro do São Bento
• Guarujá – Vila Edna
• Bertioga – Jardim Vicente de Carvalho
• Itanhaém
• Peruíbe – Jardim dos Prados
• Cubatão
• São Sebastião – Itatinga e Topolândia
• Vitória (ES) – em três pontos na Grande São Pedro

Em Osasco, houve casos em que motociclistas chegaram a apanhar de criminosos por não obedecer regras estabelecidas pelo poder paralelo. Um vídeo viralizou nas redes sociais com cenas de um jovem sendo agredido após manobras na Vila Menck, em Osasco. 

A ação dos traficantes chamou a atenção da polícia, que iniciou as diligências a partir de ocorrências em andamentos. Dois inquéritos foram abertos pela Dise (Delegacia de Investigaçoes sobre Entorpecentes de Osasco). Policiais da delegacia, em parceia com agentes municipais, fizeram uma operação para recolher as faixas. Os supostos autores foram intimados, mas não compareceram à delegacia.

O Delegado Igor Alves afirma que, quanto mais intervencionismo do estado, menos as milícias atuam. Ele conta que os moradores acabam aceitando as medidas impostas pelas facções quando a ação dos motociclistas causa danos e perturba a vida deles.

Não nos sentimos ameaçados pelos líderes das facções criminosas que fixam faixas com dizeres de que é proibido “tirar de giro e chamar no grau”. Isso só acontece porque o estado é ausente, com isso, o estado paralelo (o crime) passa a querer regulamentar comportamentos

Ainda segundo ele, o trabalho continua e está sendo realizado um mapeamento na região para localizar esses tipos de crime. A polícia pretende agir de forma contundente reprimindo tanto o tráfico quanto a colocação de quaisquer tipo de objetos que possam causar constrangimento e medo para sociedade.

Práticas como empinar motos e fazer ruídos altos com o uso da embreagem são infrações de trânsito e ferem leis sobre o direito ao sossego, além de regras municipais em relação ao silêncio.

R7 questionou a SSP (Secretaria da Segurança Pública) sobre possíveis investigações envolvendo as ameaças com faixas e possíveis ações em relação aos encontros de motociclistas para manobras em bairros. A secretaria não detalhou sua atuação nesses temas.

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