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Paciente de médico colombiano relata queimaduras após hidrolipo no Rio: ‘Não deu importância’

Mulher foi atendida no mesmo dia da morte da diarista Maria Jandimar Rodrigues: ‘Poderia ser eu’, desabafou. Elas fizeram a hidrolipo com Brad Alberto Castrillon Sanmiguel; polícia investiga o caso.

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Paciente tirou fotos que mostram as queimaduras após o procedimento — Foto: Arquivo pessoal
Gramado Presentes

Uma paciente que registrou queixa no fim da noite de segunda-feira (20) na 27ª DP (Vicente de Carvalho) contou ao g1 que ficou com queimaduras após fazer uma hidrolipo com o médico colombiano Brad Alberto Castrillon Sanmiguel.

A mulher, que pediu para não ser identificada, foi atendida horas antes da morte da diarista Maria Jandimar Rodrigues, que realizou o mesmo procedimento como médico.

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A paciente contou que Sanmiguel “não deu importância” para as queimaduras quando a examinou durante a consulta de revisão, na última sexta-feira (17), data da morte de Maria.

Poderia ser eu. Eu chego a ficar um pouco emotiva porque eu poderia ter visto tudo. Eu saí da clínica, da minha revisão, estarrecida com a atitude do médico em relação à lesão que eu estava. E logo depois foi o caso da Maria. “

A mulher conta que realizou a hidrolipo em duas etapas, a primeira no dia 6 e a segunda no dia 8 de dezembro. Ela diz que ficou muito abalada ao ver as notícias sobre a morte da diarista.

“E quando a gente faz a gente fica com o psicológico muito abalado. É um procedimento que a gente se submete. É uma agressão ao corpo que a gente se submete em nome da vaidade. Eu fiquei chocada, agradecendo a Deus por estar viva. Mas sabendo que poderia ser eu. E pensando nas outras pacientes que estavam na clínica, como elas não devem estar se sentindo agora”, contou.

‘Não se iludam com o preço’

A paciente conta que conheceu o médico colombiano por meio do grupo “Divas da Hidrolipo RJ” no Facebook. Segundo ela, uma funcionária do médico era a administradora do grupo.

“Avaliem tudo, não se iludam com preço. O preço é atrativo, mas as pessoas têm que avaliar tudo. Não se prendam a resultados de grupo, só resultado bons. Procurem avaliar os resultados ruins. A procedência do médico. Tudo”, alertou.

A mulher ainda contou que outras duas mulheres também tiveram problemas durante a hidrolipo com Brad Alberto.

“Eu espero que isso não ocorra com mais ninguém. Ver que um médico está por aí lesionando as pessoas, só a Justiça pra julgar o caso da Maria, mas o método que ele adotou, o relato do esposo da Maria dizendo que ele tentou fugir… Isso não pode acontecer.”

Outra suposta vítima

Outra paciente que se submeteu a uma hidrolipo com o médico colombiano já havia relatado que teve problemas após o procedimento. A promoter Daiana França fez uma hidrolipo na barriga e um preenchimento no bumbum, no dia 4 de novembro.

“Começou o verdadeiro pesadelo: 39 de febre, foi infeccionando, infeccionando, ele não queria que eu fosse para o hospital, acho que por medo”, contou Daiana.

Vendo o quadro de saúde se agravar, a promoter foi para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, onde ficou internada durante 23 dias, dos quais 16 foram em um CTI.

“O meu estado era gravíssimo, eu tinha pus por toda parte do corpo, fui desenganada, minha mãe passava mal, sabe? Quando eu vi a morte dessa moça, ontem (sexta, 17), eu pensei que ela não teve a mesma sorte que eu, é uma família que chora, que poderia ter sido eu agora”, diz Daiana, que também foi ouvida pela polícia.

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