Agronegócio
Impactada pela crise hídrica, safra de grãos no Paraná deve ter queda de 3% no volume colhido, prevê Deral
Previsão é que safra de verão 2021/2022 tenha queda no volume, apesar do aumento de 2% da área plantada
A safra de grãos de 2021/2022 no Paraná deve ser de 22,54 milhões de toneladas, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral). O volume previsto representa uma queda de 3% em relação ao que foi colhido no estado no ano anterior.
A queda deve acontecer apesar do aumento da área plantada, que aumentou em 2% nesta safra.
Segundo o departamento, o resultado deve ser pior em relação à safra passada por causa da queda de produtividade da soja, milho e feijão.
O Deral informou que as culturas tiveram perdas por causa da crise hídrica pela qual o estado passa e por causa das geadas que atingiram o estado no fim do inverno.
“Tivemos uma profunda crise hídrica e geadas severas que provocaram perdas na produção. Porém, acabamos o ano com o setor agro participando em mais de 80% do esforço exportador do Paraná”, afirmou o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
Soja
O principal produto da safra de verão no Paraná teve a previsão de safra reduzida em 12% em relação à expectativa inicial de colheita do Deral.
Inicialmente, esperava-se um volume superior a 21 milhões de toneladas. Mas as altas temperaturas e a falta de umidade prejudicam as lavouras em grande parte do estado e a previsão foi revista para 18,4 milhões de toneladas.
A região oeste do Paraná, onde os agricultores costumam plantar mais cedo do que no restante do estado, é a mais afetada pelas perdas até o momento, com queda de 32% nas estimativas de produção. Na sequência vem a região noroeste, com queda de 26%.
“Além do clima adverso, essa região está condicionada a características do solo que causam menor conservação da umidade”, disse o economista do Deral Marcelo Garrido.