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Bilionário dos EUA que comprava peças de arte antiga roubadas é obrigado a devolver 180 objetos
Michael Steinhardt é um dos principais colecionadores de arte antiga do mundo. De acordo com o Ministério Público, as peças da coleção foram roubadas de 11 países diferentes.
O bilionário norte-americano Michael Steinhardt, um dos principais colecionadores de arte antiga do mundo, devolveu 180 objetos que têm, somados, valor estimado em US$ 70 milhões (cerca de R$ 400 milhões), de acordo com um comunicado de segunda-feira (6) do Ministério Público de Manhattan, nos Estados Unidos. Ele está proibido de adquirir outras peças de arte antiga.
A fortuna de Steinhardt é ligada a fundos de hedge, um tipo de fundo que investe em operações tidas como mais arriscadas. Steinhardt, de 81 anos, é de Nova York, e ele faz contribuições para a New York University e diversas entidades de filantropia ligadas à comunidade judaica da região.
Há uma galeria com seu nome no Metropolitan Museum of Art e um espaço com seu nome no Jardim Botânico do Brooklyn, um distrito de Nova York.
O Ministério Público e Steinhardt firmaram um acordo após quatro anos de investigações.
Descobriu-se que as peças foram roubadas de 11 países diferentes, e que havia 12 redes de tráfico de artigos antigos. As peças serão entregues aos seguintes países:
- Bulgária,
- Egito,
- Grécia,
- Iraque,
- Israel,
- Itália,
- Jordânia,
- Líbano,
- Síria,
- Turquia.
Os objetos apareceram no mercado de arte mesmo sem a documentação necessária, segundo os promotores.
“Durante décadas, Michael Steinhardt demonstrou um apetite voraz por artefatos roubados, sem se preocupar com a legalidade de suas aquisições, se as peças que comprou e vendeu eram legítimas e nem com os danos culturais que ele causou no mundo inteiro”, disse o promotor Cyrus Vance Jr..