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Agronegócio

Safra do feijão no Paraná terá queda de 8% na área de plantio, diz estimativa do Deral

Apesar da área de plantio menor, departamento apontou que o volume colhido deve crescer

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Imobiliária Maurício Vazquez

A área de plantio de feijão na primeira safra de 2021/22 deve diminuir 8% em relação ao mesmo período da safra 2020/21, de acordo com relatório divulgado pelo Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral).

No período 2020/21, a área de plantio da primeira safra de feijão foi 152,6 mil hectares. Já a estimativa para a safra 2021/22 é que 140,1 mil hectares do produto sejam plantados.

Dr Rodrigo Dentista

De acordo com o produtor Maycon Stabach, o preço dos insumos é um fator que provocou a diminuição na área plantada em sua propriedade, que fica na Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba.

“Está muito caro hoje para você comprar tudo. Se você for depender de comprar semente, adubo, fica muito caro”, disse o agricultor

Maycon plantou apenas meio hectare de feijão, menos do que o normal em outras safras. Segundo ele, o produto colhido será usado como semente.

Área menor, volume maior

Feijão no Paraná deve ser colhido em janeiro e fevereiro. — Foto: RPC/Reprodução
Feijão no Paraná deve ser colhido em janeiro e fevereiro. — Foto: RPC/Reprodução

Embora a área de plantio seja menor, o relatório do Deral prevê que o volume colhido na safra atual será 7% maior que o mesmo período da safra anterior.

Em 2020, a produção rendeu 257 mil toneladas de feijão. A estimativa é que 276,2 mil toneladas sejam colhidas em 2021.

A explicação para a queda na área, mas aumento no volume é que as chuvas previstas devem aumentar a produção das lavouras, de acordo com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná).

“Geralmente, na primeira safra, a tendência que ocorram mais chuvas é muito maior, ou seja, as lavouras de feijão tendem a produzir mais nesse período, nessa primeira safra”, explicou o engenheiro agrônomo do IDR-Paraná, Maghnom Henrique Melo.

Demanda e valor do feijão

Sacas de 60 kg de feijão são vendidas a mais de R$ 200.  — Foto: RPC/Reprodução
Sacas de 60 kg de feijão são vendidas a mais de R$ 200. — Foto: RPC/Reprodução

Segundo levantamento do Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses (Ibrafe), o estoque nacional de feijão deve ser insuficiente para o consumo no país até o fim de 2021.

Isso ocorre, segundo o instituto, porque apenas o estado de São Paulo colhe o produto em novembro e dezembro. No Paraná, a colheita está prevista para janeiro e fevereiro de 2022.

A saca de 60 kg de feijão preto é comercializada no Paraná, em média, por R$ 229,65. A mesma quantidade de feijão carioca é vendida no estado, em média, por R$ 248,79. Os dados são da cotação do Deral, feita na sexta-feira (26).

Para Maghnom, esse valor de comercialização pode diminuir nos próximos meses caso não haja problemas durante a colheita. Porém, conforme ele, se houver perdas por conta das condições climáticas, a tendência é que o preço seja elevado.

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