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Economia

Puxado pela gasolina, IPCA vai a 1,25%, maior resultado para outubro desde 2002

No ano, o indicador acumula alta de 8,24% e, em 12 meses, de 10,67%, informou o IBGE nesta quarta-feira (10)

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|Foto: PixaBay|
Velho Oeste

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — que mede a inflação oficial do país –, foi de 1,25% em outubro ante 1,16% no mês anterior. A aceleração vista no índice veio, sobretudo, devido aos combustíveis.

O valor veio acima da expectativa do mercado, cuja projeção ficava em torno de 1,05%.

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O resultado do mês é maior para o período desde 2002, quando o índice foi de 1,31%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10).

No ano, o indicador acumula alta de 8,24% e, em 12 meses, de 10,67%.  No mês anterior, o acumulado em 12 meses era menor (10,25%).

O valor fica muito acima do teto da meta estabelecida pelo governo, de 5,25%. O centro da meta é de 3,75% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em setembro, foi a primeira vez que o índice atingiu dois dígitos nesse período em cinco anos e meio.

O IBGE verificou alta nos preços de todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, com destaque para os transportes (2,62%), levados pelo valor dos combustíveis (3,21%).

Nesse grupo, só a gasolina teve alta de 3,10%, o maior impacto individual no índice do mês (0,19 p.p.).

O instituto ressalta que essa foi a sexta alta consecutiva nos preços desse combustível, que acumula 38,29% de variação no ano e 42,72% nos últimos 12 meses.

“Transportes tiveram a maior variação e o maior impacto (0,55 p.p) de longe no índice do mês, afirma o gerente do IPCA, Pedro Kislanov em nota.

O resultado vem em meio a uma série de reajustes anunciados pela Petrobras no preço do combustível vendido às refinarias.

Além da gasolina, os demais combustíveis também tiveram alta no mês: óleo diesel (5,77%), etanol (3,54%) e gás veicular (0,84%).

Outro destaque do grupo de transportes ficou com as passagens aéreas, com alta de 33,86%. O IBGE destaca que esse item avançou em todas as regiões pesquisadas, que foram desde 8,10% em Rio Branco até 47,52% em Recife.

O instituto acrescenta que, além do preço dos combustíveis, a depreciação cambial afeta o preço das passagens. Esse movimento vem se intensificando à medida que a abertura das atividades ganha força com o arrefecimento da pandemia.

“O avanço da vacinação levou a um aumento no fluxo de circulação de pessoas e no tráfego de passageiros nos aeroportos. Como a oferta ainda não se ajustou à demanda, isso também pode estar contribuindo com a alta dos preços”, diz Kislanov em nota.

Esse efeito também impacta no preço dos transportes por aplicativo, que registraram alta de 19,85% no mês.

Todas as áreas pesquisadas tiveram alta nos preços em outubro. As maiores variações ficaram com a região metropolitana de Vitória e no município de Goiânia, ambos com 1,53%.

Outros grupos

O grupo dos alimentos e bebidas teve a segunda contribuição do índice, com alta de 1,17%. os destaques desse grupo foram tomate (26,01%) e batata-inglesa (16,01%).

Já a alimentação fora do domicílio passou de 0,59% em setembro para 0,78% em outubro.

O grupo habitação avançou 1,04% no mês influenciado pela energia elétrica (1,16%). O IBGE destaca que, apesar da alta, houve desaceleração nesse item em relação a setembro (6,47%).

Outros destaques foram os grupos vestuário (1,80%) e artigos de residência (1,27%).

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