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Polícia Civil conclui inquérito e irmãos são indiciados por agredir e torturar bragadense de 16 anos

Laudo do IML atestou que adolescente teve lesões na boca, braço e crânio

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A Polícia Civil de Marechal Cândido Rondon, através do delegado Rodrigo Baptista Santos, concluiu o inquérito que apurou os crimes de agressão e tortura provocados por dois irmãos envolvendo uma bragadense menor de idade.

No dia 30 de setembro, quando completava 16 anos, uma moradora de Pato Bragado viveu momentos de terror provocados pelo ex-namorado e a irmã dele.

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Ela contou à PM que estava em casa quando os dois chegaram e lhe chamaram para dar uma volta e comemorar o aniversário. Mas, tinham outras intenções. Com a menor no carro, os irmãos foram a vários pontos da cidade, inclusive no cemitério de Entre Rios do Oeste, onde disseram que sua cova estava pronta e ela seria enterrada viva.

Os irmãos espancaram a adolescente, a ameaçaram e torturaram, com uma tesoura e um alicate, deixando seu cabelo todo picotado e marcas por várias partes do corpo.

Quando liberarem a vítima, os agressores disseram que ela não poderia ir à Polícia. Caso contrário, colocariam fogo na sua casa, furariam seus olhos e matariam seu bebê de apenas um ano de idade.

Logo que se livrou dos agressores, a menor procurou atendimento médico na Unidade de Saúde de Pato Bragado. Bastante abalada, ela contou o que vivenciou e a Polícia Militar foi acionada.

Para os policiais, a adolescente disse que os agressores, sua ex-cunhada, de 25 anos e o ex-namorado, de 22 anos, são de Marechal Cândido Rondon e as agressões físicas partiram da mulher. O homem cometia agressões verbais enquanto dirigia.

Juntando as informações, os policiais localizaram e identificaram os agressores, que passaram a ser investigados pela Polícia Civil.

Num primeiro depoimento, a ex-cunhada acusou a adolescente de ter feito “macumba” para sua mãe. Por isso, segundo ela, os irmão a agrediram. Nesta ocasião, os irmãos alegaram que não mataram a bragadense porque fumaram maconha e estavam “tranquilos”.

Com o decorrer das investigações, eles começaram a negar as agressões. Segundo os agressores, no dia do aniversário da vítima, eles apenas foram na casa dela e levaram cerveja para beber e comemorar. Aí já está um problema para eles: a vítima é menor de idade.

Os dois também contaram que presenciaram um desentendimento entre a adolescente e a mãe dela e continuaram negando a autoria de qualquer tipo de agressão.

As investigações tiveram sequência e o delegado rondonense juntou, ao inquérito, o laudo do Instituto Médico Legal (IML), atestando lesões na boca, braço e crânio da adolescente.

Para o delegado, os irmãos agiram de forma premeditada nas agressões e torturas. O inquérito está sendo concluído e será encaminhado para a Justiça local. A pena para crime de tortura é de dois a oito anos de prisão. Mas, além desse crime, os irmãos estão sendo indiciados por agressão, que pode levar a pena a nove anos de reclusão.

De acordo com o delegado Rodrigo Baptista Santos, desde que ele assumiu o comando da 47ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Marechal Cândido Rondon, há cerca de dois anos e seis meses, nenhum tipo de caso relacionado a tortura havia sido registrado.

Sicredi
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