Fale com a gente
Sicredi

Geral

Alienígenas em Nova Santa Rosa? Moradores relembram dia que “disco voador” apareceu em Alto Santa Fé

O mistério em torno do objeto segue até hoje

Publicado

em

FOTO: Severino Philippsen/ cedida ao Portal Rondon
lift training

Você acredita que os extraterrestres já visitaram a Terra?

Olha! Nem que tenha sido por algumas horas, mas os moradores do distrito de Alto Santa Fé, em Nova Santa Rosa, tiveram quase certeza de que alguns desses seres estivessem aterrissando por lá uma vez.

Family Pets

Era um sábado de 1986, quando os nova-santa-rosenses foram pegos de surpresa por um objeto brilhante que vinha descendo pelo céu e parecia que cairia bem no meio da vila, em Alto Santa Fé. Pense no susto!

Quem lembrou dessa história, 35 anos depois, foi a Flanir Lidia Machado que, naquela época, só tinha quatro anos, mas nunca esqueceu de seu pai dizendo:

“Vamos a Santa Fé. Caiu um disco voador.”

Ela postou no Facebook uma foto da família no meio da lavoura e várias pessoas comentaram suas lembranças da data em que o distrito virou notícia.

Nós, do Portal Rondon, vimos a publicação e achamos o fato muito curioso… Então, fomos investigar. Afinal, quando foi a outra vez em que os Alienígenas podem ter visitado a região?

Os moradores de Alto Santa Fé contam que “aquele dia foi muito louco”. Eles ficaram, desde cedo, acompanhando o “paraquedas brilhante” descer.

Severino Philippsen, um dos pioneiros de Nova Santa Rosa, tinha uma câmera fotográfica e tirava foto do pessoal quando tinha festas na vila. Nesse dia, ele aproveitou para registrar o fato curioso, que ficaria marcado para sempre. A foto está guardada até hoje, e o Sr. Severino nos permitiu mostrar para você!

O menino que aparece ao lado do “ovni”, foi o primeiro a chegar perto do objeto. Ele é primo da Carla Philippsen (filha do Severino e da Geni) e já faleceu. | FOTO: Severino Philippsen

Todos lembram daquele sábado como se fosse este último final de semana. De tão marcante.

“Logo depois do meio-dia, vimos aquele negócio… Não fazia barulho… Vimos que não era avião, não era helicóptero… Eu tinha um binóculo e comecei a acompanhar… ele descia sempre mais“, recorda Severino, que ficou cuidando o objeto com seu binóculo.

Alguns recordam que, do céu, o objeto parecia um carro pendurado, e parecia que tinha gente dentro.

De repente, no final da tarde, o ovni caiu bem no meio de uma lavoura de milho do já falecido Romaldo Liesenfeld, perto do cemitério do distrito. Mais ou menos nessas redondezas:

FOTO: Mariana Helfenstein Rosa

“E estragou muito milho onde isso caiu, porque todo mundo corria lá no meio. […] As crianças corriam, perderam os chinelos […] uma queria chegar primeiro que a outra. Tinha muito barro porque tinha chovido de manhã”, conta Geni Philippsen, esposa de Severino.

No solo, o objeto parecia uma casa.

Ademir Orlandin tinha 15 anos e também lembra exatamente como foi esse dia. Ele contou ao Portal Rondon que estava no clube da vila jogando bola com outros meninos e todo mundo saiu correndo para ver os alienígenas quando viram o ovni cair.

Pegamos as bicicletas e fomos pelo meio do milharal ver o que era […] Era uma caixa grande, de mais de dois metros e ela era cheia de espelhos”.

Eles contam que várias pessoas queriam guardar um pedacinho que havia quebrado. “Até alguns anos atrás ainda tínhamos um pedaço de isopor guardado”, disse Geni.

“Era cheio de fios e saía fumaça. A gente tinha medo de ir perto porque achávamos que poderia explodir”, comenta Ademir Orlandin.

A Carla Philippsen, que é filha do Severino e da Geni, tinha 7 anos e até perdeu o óculos correndo entre os pés de milho.

“Eu estava brincando com um primo, que hoje já é falecido, e quando vimos aquele objeto caindo nós saímos correndo, tivemos que atravessar o cemitério, o milharal… É muito divertido lembrar desse dia”.

Geni e Severino Philippsen com a câmera que fotografou o Ovni | FOTO: Mariana Helfenstein Rosa

Não se sabe exatamente que dia o objeto caiu em Nova Santa Rosa, mas “foi um grande evento em Alto Santa Fé”, comentou Salvelino Aparecido Nunes na publicação compartilhada por Ademir Orlandin.

Buscando informações para descobrir o que realmente era aquilo, o Portal Rondon encontrou várias notícias que levam a uma “Noite Oficial dos Ovnis” no Brasil, que aconteceu alguns dias antes do “evento” aqui do interior do Paraná.

Paulistas, cariocas e goianos viam luzes no céu. Eles chegavam a velocidades 15 vezes mais rápidas do que o som, fazendo movimentos de zigue-zague. Para você ter uma ideia da rapidez, pense no avião mais rápido construído pelo homem: o North American X-15… ele não chega a sete vezes da velocidade do som. Que medo todos deveriam ter sentido naquela noite, hein?!

Neste ano de 2021, o UOL fez uma matéria relatando os 35 anos do fato.

“[…] objetos luminosos foram flagrados voando em diversas rotas aéreas. Os registros da época feitos pela Aeronáutica revelam que esse fenômeno ocorreu em São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro e Paraná”.

Vários recortes de jornais apresentam fatos curiosos da noite de 22 de maio de 1986.

Ozíres Silva, uma das maiores autoridades da aviação brasileira, fundador da Embraer e ex-ministro de Infraestrutura e das Comunicações do Brasil falou, em 2014, sobre aquele fenômeno que assustou parte do país.

Se, vendo as luzes dos óvnis no céu, já foi assustador, imagina para os nova-santa-rosenses que viam o objeto caindo, não sabiam o tamanho dele e não tinham ideia do estrago que poderia causar… Talvez ele pudesse destruir a vila inteira.

Por sorte, no final das contas, todos ficaram bem… E todas as pesquisas indicam que o Ovni caiu em Nova Santa Rosa dois dias depois da noite oficial, na tarde de 24 de maio, que era num sábado. É perfeitamente possível que tenha sido nesta data, afinal, esses objetos podem permanecer muitos dias no céu e voar muitos quilômetros para longe de onde foram soltos.

Ademir, Severino e Geni recordam que o caso de Nova Santa Rosa também foi parar na mídia regional. “Até um canal de televisão veio fazer reportagem”, comentaram com a redação.

“E veio gente de todo lado para ver… tinha gente de Maripá, Marechal Cândido Rondon, Palotina”, Ademir relembra.

No outro dia, simplesmente, “veio um furgão blindado, carregou [o Ovni] e nunca mais se teve notícias”, Carlos Cesar Hennig comentou no post de Flanir.

A Clarice Krause lembra que, não chegou a ver o objeto no dia em que caiu, contudo, dias depois foi com seu avô até o pátio da Polícia em Palotina para olhar o Ovni, que ficou lá por um tempo.

Assim como Carlos Hennig, muitos moradores sentiram falta de uma explicação para o fenômeno… Agora, até você, que está lendo essa reportagem, deve estar com vontade de desvendar esse mistério, né?! E, adiantando suas pesquisas, a curiosidade em torno do objeto continua até hoje. Segundo investigações do UOL, ainda não se sabe o que era […] todos os objetos que caíram pelo país foram apenas classificados como óvnis (objetos voadores não identificados).

O pesquisador em ufologia (área da investigação de fenômenos relacionados aos óvnis) Jackson Luiz Camargo se dedicou a pesquisar o tema nos últimos anos, realizou um levantamento e deve lançar o livro “A Noite Oficial dos UFOs no Brasil” para explicar o fato a quem tiver curiosidade. Quem sabe assim descobriremos se foi uma parte de um satélite, como acredita Ademir Orlandin ou só um disco voador… sem os alienígenas.

Clube Náutico
Continue Lendo

Doce Arte
Doce Arte