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Sobe 66,5% o número de pessoas em busca de medicamento de média e alta complexidade fornecidos pelo estado: ‘Fundamental para viver’

São 292 medicamentos especializados – de média e alta complexidade – oferecidos nas Farmácias do Paraná para tratamento de transplantados, Parkinson, esclerose múltipla, entre outros

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|Foto: Divulgação/AEN|
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Em cinco anos, o Paraná registrou aumento de 66,5% no número de pacientes cadastrados para a retirada dos medicamentos especializados oferecidos gratuitamente pelo estado, de acordo com levantamento disponibilizado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesa).

O serviço oferece 292 remédios.

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Em 2020, conforme o balanço, 270.463 pessoas eram usuárias do serviço no Paraná, ante 162.410 pacientes registrados em 2015.

Ainda de acordo com a Sesa, neste ano, são 328.626 pessoas cadastradas no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica no Paraná (CEAF), com média de atendimento de 149 mil pacientes por mês.

O índice representa, ainda, alta de 21% em relação ao ano anterior.

Conforme a secretaria, somente no primeiro semestre de 2021, a Sesa distribuiu às 22 Regionais de Saúde mais de 66 milhões de unidades de medicamentos do Componente Especializado, no valor de R$ 268 milhões para atendimento aos pacientes cadastrados.

Entre os usuários do CEAF, está Renata Traad.

Aos 34 anos, a jovem foi diagnosticada com esclerose múltipla e retira há oito anos o mesmo medicamento para o tratamento da doença.

“É fundamental para eu viver, né? E o tratamento para esclerose é muito caro, se não tem essa ajuda do governo a gente não consegue fazer o tratamento. Então é um serviço essencial e que sempre funcionou muito bem, sem demora”, contou.

Renata retira o medicamento em Curitiba, mas, durante a pandemia, ela recebeu as caixas do remédio em casa. Para ter acesso ao serviço, ela foi orientada pelo médico que a acompanha.

Em todo o Paraná, segundo a Sesa, pacientes de 382 municípios podem ter acesso a esse grupo de medicamentos diretamente no município de residência.

Nas 17 cidades sem acesso direto à retirada, o usuário precisa se deslocar até a Farmácia do Paraná localizada na Regional de Saúde correspondente.

“Muitas vezes as pessoas não conhecem essa opção, e acabam dizendo que não vão se tratar porque o remédio é muito caro. Então é fundamental que as pessoas saibam que têm esse direito, porque é um direito nosso, e usem”, ressaltou.

Ao G1, a Sesa informou que o aumento na busca é esperado e gradativo.

Entre os motivos, apontou a pasta, está a incorporação de novos medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o fato de que a maioria das doenças contempladas são crônicas, o que significa que os pacientes não saem do cadastro.

Componente especializado: o que é?

Segundo a coordenadora da Assistência Farmacêutica da Sesa, Deise Pontarolli, os medicamentos de componente especializado correspondem aos de média e alta complexidade – e geralmente alto custo – e que são entregues pelas Farmácias do Paraná.

Alguns exemplos são os de uso para tratamento de transplantados, pacientes com artrite, hepatite, Alzheimer, Parkinson, asma, esclerose múltipla, entre outras doenças.

Quem pode fazer o pedido?

Conforme Deise, todos os pacientes podem solicitar acesso aos medicamentos de alta complexidade oferecidos nas Farmácias do Paraná.

Isso vale para quem recebe atendimento na rede privada, particular ou pública, diferentemente do que acontece com os usuários do chamado grupo de composição e que são entregues nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o Paraná.

Para isso, basta o profissional médico encaminhar o paciente para o serviço com os documentos e orientações necessários.

Como fazer o pedido?

Uma vez feito o diagnóstico da doença, e o tratamento estando entre os medicamentos fornecidos pelo governo estadual, é preciso fazer o cadastro e a abertura da solicitação de acesso.

Esse processo é feito diretamente, de forma presencial, em uma das farmácias das Regionais de Saúde ou das que possuem a estrutura, e também pela internet.

De forma online, o serviço está disponível apenas para usuários que morem em Cascavel, Curitiba, Londrina e Maringá.

Presencialmente

  • Consultar se o medicamento é disponibilizado pela Sesa
  • Verificar a documentação e os exames necessários para a obtenção do remédio
  • Preencher o formulário de pré-cadastro e anexar os documentos e os exames específicos para a solicitação do medicamento.

Pela internet

  • Ir até uma das Farmácias do Paraná, nas Regionais de Saúde do Paraná ou no município . Caso o usuário não possa comparecer pessoalmente, a solicitação pode ser feita pelo responsável;
  • Apresentar os documentos e exames necessários de acordo com o medicamento e a doença.

Remédios oferecidos gratuitamente na rede municipal

Na rede municipal, pacientes também podem ter acesso gratuito a medicamentos disponibilizados em Unidades Básicas de Saúde. Neste caso, geralmente, são remédios que atendem principalmente os problemas identificados na saúde primária.

Contudo, conforme portaria, para a retirada na rede municipal de Saúde pode-se exigir que a receita para o medicamento seja emitida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), isto é, pacientes que recebem atendimento pela rede particular ou privada não têm direito ao benefício.

Em Curitiba, conforme balanço da Secretaria Municipal de Saúde, são 131 tipos de medicamentos oferecidos na rede de Saúde. Há também 60 medicamentos que são repassados pelo Governo do Paraná e outros 37 do programa de HIV/Aids.

Em média, o município atende 170 mil pessoas por mês com a distribuição de medicamentos.

Sicredi
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