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Proprietárias de asilo investigadas por maltratar idosos são denunciadas por tortura no Paraná

Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), dois idosos, de 91 e 77 anos, morreram após terem sido vítimas de violência física, verbal e psicológica por parte das responsáveis pela casa. A defesa das denunciadas disse que clientes estão à disposição da Justiça para esclarecimentos

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|Foto: Reprodução/RPC|
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Duas mulheres responsáveis por um asilo particular de Maringá, no norte do Paraná, foram denunciadas pelo Ministério Público pelo crime de tortura seguida de morte, nesta sexta-feira (20).

A proprietária e a filha dela são suspeitas de violentarem idosos que moravam na Instituição de Longa Permanência e que morreram devido aos maus-tratos. Na denúncia, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) descreve diversas situações de violência física, verbal e psicológica que teriam sido praticadas pelas mulheres aos dois idosos

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A proprietária do local está presa preventivamente desde o início de agosto por determinação da Justiça. A casa também foi interditada.

A defesa de Sandra e Larissa Kaminski afirmou, por meio de nota, que as clientes estão à disposição da justiça .

“A defesa continuará atuando com seriedade e discrição, respeitando o devido processo legal e fazendo valer o direito de ambas ao contraditório e a ampla defesa, certa de que todas as acusações refutadas serão elucidadas ao longo do processo”, concluiu a nota.

Investigação

O Ministério Público começou a investigar as proprietárias e o asilo após a morte de um idoso de 91 anos.

Antes de morrer, a neta desse idoso gravou um depoimento dele relatando que tinha sido agredido com socos na cabeça, asfixiado e também era dopado pela proprietária. A violência se estendia aos demais moradores do asilo.https://7f03d77db6a7b88fe46e5e0ea2bb5a0b.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Os relatos de maus-tratos ocorreram enquanto este idoso estava internado em um hospital.

“Na data de 5 de julho de 2021, o idoso […] havia sido dopado com medicamentos pelas denunciadas, sofrendo uma queda que resultou na fratura de seu fêmur e, posteriormente, sua morte. No hospital foi constatado que sua higiene pessoal era muito precária, sendo apurado quadro de infecção urinária e sangue na urina”, diz um trecho da ação.

A promotoria também apurou a morte de um homem de 77 anos que foi vítima de um quadro infeccioso grave, possivelmente relacionado a lesões na pele.

Testemunhas disseram em depoimento que, por ter sido advogado, as denunciadas diziam que ele estaria “pagando os pecados” por ter “ajudado muitos bandidos a saírem da cadeia”.

Quando o idoso começou a morar na instituição não apresentava feridas pelo corpo, as chamadas escaras. Para o MP-PR, isso “demonstra que as referidas lesões derivaram de sua submissão, mediante violência, a intenso sofrimento físico e mental pelas denunciadas como forma de aplicação de castigo por ter sido advogado e por supostos males que cometeu em vida, causando-lhe sua morte por sepse, úlcera de pele e pneumonia secretiva”.

A denúncia destaca que as investigadas podem ter jogado água sanitária nas feridas de pele e dado socos e empurrões na vítima durante o banho.

Além de enviar a denúncia para a Justiça, p Ministério Público pediu a abertura de um novo inquérito em relação a outros possíveis crimes cometidos contra outros 12 moradores que viviam na instituição na época da interdição.

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