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Juri de acusados por morte de psicóloga da Penitenciária de Catanduvas chega ao 4º dia
Réus que respondem por homicídio começam a ser ouvidos nesta quinta-feira (26). Melissa Almeida foi morta a tiros em Cascavel, no oeste do Paraná, em 2017
O júri popular dos acusados de envolvimento na morte de uma psicóloga da Penitenciária de Catanduvas, no oeste do Paraná, entrou no quarto dia. Nesta quinta-feira (26), os cinco réus começam a ser ouvidos.
O júri pode terminar na noite desta quinta. Para isso, é preciso que todos os acusados sejam ouvidos, que aconteça o debate entre acusação e defesas e os jurados façam seus votos.
Nos três primeiros dias, 22 pessoas foram ouvidas, entre elas o marido de Melissa e um delegado da Polícia Federal.
Apesar do crime ter acontecido em Cascavel, o júri popular acontece em Curitiba, devido à comoção que o assassinato gerou na época do crime.
Os acusados do crime são:
- Edy Carlos Cazarim: réu por homicídio triplamente qualificado e organização criminosa, além de tentativa de homicídio triplamente qualificado, posse de arma de fogo, munições e acessório de uso restrito, receptação dolosa e incêndio doloso.
- Wellington Freitas da Rocha: réu por homicídio triplamente qualificado e organização criminosa, além de tentativa de homicídio triplamente qualificado, organização criminosa, posse de arma de fogo, munições e acessório de uso restrito, e receptação dolosa.
- Elnatan Chagas de Carvalho: réu por homicídio triplamente qualificado e organização criminosa, além de tentativa de homicídio triplamente qualificado, posse de arma de fogo, munições e acessório de uso restrito.
- Roberto Soriano: réu por homicídio triplamente qualificado e organização criminosa, além de tentativa de homicídio triplamente qualificado.
- Andressa Silva dos Santos: réu por homicídio triplamente qualificado e organização criminosa.
Somente um dos acusados participa do júri presencialmente. Os demais prestam depoimento de forma virtual.
O caso
Melissa de Almeida Araújo foi morta a tiros em maio de 2017. O inquérito da Polícia Federal (PF) apontou que a morte da psicóloga foi encomendada por uma facção criminosa.
Conforme as investigações, Melissa e o marido, que é policial civil, foram vítimas de uma emboscada quando chegavam em casa.
O marido de Melissa trocou tiros com os suspeitos e ficou ferido. O filho do casal estava no carro, mas não se feriu.
O inquérito aponta que o crime foi planejado por uma facção que atua fora e dentro de presídios.
A PF e o Ministério Público Federal (MPF) acreditam que a morte tenha sido motivada para demonstrar um descontentamento com o regime disciplinar adotado em unidades do sistema penal federal.
A psicóloga trabalhava na unidade de Catanduvas desde 2009 e integrava uma comissão que avalia as condições psicológicas dos presos.
Outras duas pessoas foram acusadas de participação nos crimes, mas já morreram.
O que dizem as defesas
A defesa de Wellington Freitas da Rocha disse que não irá se manifestar antes do início do júri.
O advogado de Andressa Silva dos Santos informou que não há provas contra a ré e que ela não tem ligação com os crimes.
Em relação ao acusado Roberto Soriano, a defesa nega autoria do crime.
Os réus Edy Carlos Cazarim e Elnatan Chagas de Carvalho serão representados pela Defensoria Pública da União (DPU), que afirmou em nota que cumpre as obrigações institucionais pela observância da legislação.
A assistente de acusação, Adriana Regina Barcellos Pegini, informou que a família de Melissa está confiante no trabalho do MPF e do Poder Judiciário.