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“Tá escancarado que esse pedágio é golpe”, diz Jean Michel no Diálogos

Ele é um dos representantes do movimento “MCR contra o pedágio”

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Jean Michel Hack e o jornalista Fernando Nègre | FOTO: Mariana Helfenstein Rosa
Martin Luther – Enem

Sábado é dia de Diálogos! Na última edição deste mês, o jornalista Fernando Nègre recebeu Jean Michel Hack. Ele é um dos representantes do movimento “MCR contra o pedágio”.

Na entrevista, Jean Michel comenta sobre o movimento que está sendo realizado contra o pedágio, incluindo o abaixo-assinado que circula nos municípios da região Oeste do Paraná contra a construção das praças de pedágio entre as cidades de Toledo e Cascavel e entre Mercedes e Guaíra. Ele ainda pode ser assinado clicando aqui.

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“O tema do pedágio é caro para todos os paranaenses. Hoje pagamos o valor mais caro do Brasil, é um título triste […] sentimos que faltava uma mobilização local. […] Nosso abaixo-asssinado já passa das [1.400] assinaturas, com adesão de pessoas dos mais variados setores da cidade […] Espero que gere resultados […] As pessoas estão abraçando a causa”.

“Se as pessoas tivessem consciência do poder que elas têm […] podemos fazer o que quisermos com o nosso país. O destino da nossa nação está nas nossas mãos […] agora estamos nos unindo em favor de uma pauta em comum”

Jean Michel Hack é bacharel em Ciência Política e Sociologia pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) e estudante de Direito pela Unifamma. E ele tem certeza de que o jovem estudante da região Oeste vai ser diretamente prejudicado com a instalação das 15 novas praças de pedágio.

“O estudante já se depara com a dificuldade de trabalhar e estudar, muitas vezes sobrevive com uma bolsa estudantil […] imagina pagando pedágio de segunda a sexta-feira […]”

A memória do paranaense em relação ao pedágio é traumática, o Estado foi lesado pelas empresas “pedageiras” que não cumpriram seus contratos e não entregaram as obras prometidas. Essas mesmas empresas poderão concorrer novamente e ter concessão durante 30 anos. Esse é um dos fatos que mais revolta os paranaenses

“Se as concessionárias que estão aqui não se importam em cumprir seus contratos, imagina alguém que é da Alemanha, do Canadá […] Tá escancarado que é golpe […] que não tem como dar certo […] que não tem como atender o interesse de quem trabalha e produz no Paraná”

Jean foi candidato a vice-prefeito pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista) nas eleições de 2020. Ao lado do professor universitário Lair Bersch, obtiveram 1.161 votos. Neste sábado (28), Jean falou da sua experiência neste período.

“Foi um grande aprendizado […] uma experiência incrível […] Como estudante eu sempre participei do Movimento Estudantil, estive envolvido com a transformação do PDT. […] A política é algo fascinante, mas ela é dura. […] Te dá oportunidade de conhecer o diferente, conhecer outras pessoas […] ouvir quem nunca foi ouvido […] Isso enobrece a alma […] é sensacional.”

Desde 2018 o PDT de Marechal Cândido Rondon vem passando por um processo de renovação. Jean avalia o futuro do partido do município.

“Não é segredo para ninguém que desde o falecimento de Leonel Brizola o PDT passou por um processo difícil. […] as pessoas começaram a entrar no partido sem ter compromisso com a identidade partidária […] A partir das eleições do ano passado precisamos tirar duas lições: primeiramente, é necessário sentar com os partidos de oposição e construir uma unidade […] não deixar para seis meses antes da eleição […] Em segundo lugar, não adianta chegar em 2024 se não tiver um projeto novo para impactar nas eleições”.

Sobre as eleições municipais, Jean acredita que as eleições começam errado quando começam a priorizar um nome.

“Antes de falar em nomes, vamos discutir nossa realidade e os problemas em um projeto conjunto […] precisamos discutir coisas concretas, ideias […] esse é o ponto de partida”.

No âmbito nacional, pesquisas mostram que a disputa do segundo turno seria entre Lula e Bolsonaro. Jean vê isso como um grande prejuízo para o País. “Estamos debatendo nomes e não projetos […] o prejuízo tá aí!”

“O Brasil precisa se manter atualizado, melhorar os produtos, melhorar a competitividade […] precisamos ir além, nossas lideranças, nossos empresários, entidades precisam pensar que o país está sofrendo com perdas. […] começar a pensar em pessoas que defendem um projeto nacional de crescimento […] O Liberalismo não funciona no Brasil. Não somos um país de milionários. Tem gente que vive na miséria”.

“Não podemos nos limitar a escolher um candidato por ódio do outro […] precisamos pensar no futuro do nosso país, senão vamos continuar patinando sem sair do lugar”.

Esse é apenas um resumo do Diálogos deste sábado, 28 de agosto. A entrevista completa está na nossa página do Facebook e nosso canal no Youtube.

Se você curte podcasts, a partir das 17 horas, a entrevista é disponibilizada nos principais tocadores de áudio: Spotify, Dezzer, Amazon Music e Cast Box.

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