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Agronegócio

Geada desta semana prejudica lavouras e pecuária do Paraná

Produtores relatam impacto na piscicultura e perda nas culturas de milho, café e hortaliças

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Geada cobriu os campos no interior do Paraná. Foto por Redes Sociais | SBA
Martin Luther – Enem

As geadas na última semana de junho impactaram as lavouras no Paraná, especialmente as que estão em desenvolvimento e colheita, o que levou a registros de estragos em diversos segmentos agrícolas aponta o Sistema FAEP/SENAR-PR.

As principais culturas em campo no momento são milho e trigo, explica o analista do Departamento de Economia Rural (Deral), Marcelo Garrido.

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“Temos uma área [de milho] bastante suscetível ao frio na região Norte do Estado, perto de 800 mil hectares. Na região Sul já não tem milho segunda safra, é mais trigo, que aguenta melhor as baixas temperaturas”, observa.

Segundo Garrido, ainda é cedo para quantificar os prejuízos. “Para falar em perdas seria necessário entre uma semana e dez dias para verificar o real impacto na produção”, avalia.

No oeste paranaense, além dos impactos causados pela geada, a produtividade das lavouras da região já foi reduzida em cerca de 40%, devido à janela de plantio atrasada por causa da seca, além de faltas de chuvas regulares durante o período de cultivo. O trigo, que também foi plantado tardiamente, não deve registrar perdas significativas. 

Segundo o produtor de peixes, aves e leites, Edmilson Zabott, diante do cenário nas lavouras, há preocupação sobre a cadeira de proteína animal, em especial, pela alimentação, cujo principal insumo é o milho. O pecuarista também relata aparecimento de fungos nos tanques dos peixes após as mudanças bruscas de temperatura.

Café

Na cultura do café, o frio intenso afetou as principais regiões produtoras, queimando as plantas e trazendo incertezas quanto à temporada 2022.

“A safra que está no pé está tranquila, mas a colheita do ano que vem está comprometida”, afirma o cafeicultor Fernando Lopes, de Mandaguari, na região Norte.

Segundo o produtor, por enquanto é possível afirmar que o prejuízo existe e é considerável, mas ainda levará um tempo para calcular o quanto as plantas foram afetadas. 

De acordo com a técnica do Departamento Técnico (Detec) do Sistema FAEP/SENAR-PR e responsável pela cultura do café, Jéssica D’angelo, a maioria dos cafeicultores já iniciou a colheita há cerca de um mês, o que pode minimizar as perdas desta safra. “Se tiver fruto verde no pé no momento da geada, pode haver impacto na qualidade da bebida”, observa.

Hortaliças
No setor de hortaliças, o produtor Hamilton Possebon, de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), afirma que ainda é cedo para avaliar os danos causados, mas é possível verificar folhas queimadas em plantas como alface e couve-flor, principalmente se estiverem em áreas de baixada.

“As culturas que eu tenho na minha propriedade são resistentes ao frio até zero grau, então estamos no limite. Caso volte a gear, certamente vai queimar mais. Os maiores estragos devem aparecer nos próximos dias”, relata.

Alerta de geada

O IDR-Paraná e o Simepar mantêm o Alerta Geada, serviço que alerta com antecedência de 48h e 24 horas, para a ocorrência de geada.

O Serviço é gratuito e funciona no período de maio a setembro por meio de avisos pelo telefone (Disque Geada 3391-4500), WhatsApp, internet e de boletins para televisão, rádios e jornais de todo o estado do Paraná.

Para mais informações sobre esse serviço, contate o IDR-Paraná Agrometeorologia pelo telefone (43) 3376-2248 ou pelo e-mail [email protected]

*FBA

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