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Polícia não confirma ligação entre morte do rondonense Fábio Royer e de Ana Paula

A atual companheira do ex-marido de Ana Paula era esposa do rondonense Fábio Royer

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Fábio foi encontrado carbonizado no banco traseiro de seu próprio carro, no dia 18 de julho de 2018: crime nunca solucionado (FOTO: ARQUIVO/OP)
Velho Oeste

Na manhã desta quinta-feira (24), após a prisão dos suspeitos de envolvimento no assassinato de Ana Paula Campestrini, de 39 anos, registrado na terça-feira (22) em Curitiba, a Polícia Civil do Paraná deu mais detalhes sobre o caso.

O ex-marido da vítima é suspeito de ser o mandante do crime. Outro homem preso é indicado pelas autoridades policiais como sendo o atirador.

Dr Guilherme Dentista

A polícia chegou até os homens em menos de 48 horas após o crime. Provas, imagens de câmeras de segurança e o depoimento de testemunhas auxiliaram a equipe policial a identificar os dois.

Conforme a delegada responsável pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pesssoa (DHPP), Camila Cecconello, Ana Paula e seu ex-marido foram casados por 17 anos, período em que tiveram três filhas. Porém, há cerca de três anos, Ana Paula afirmou que era homossexual e pediu a separação.

Ana Paula e o ex-marido brigavam na Justiça por um patrimônio de R$ 2 milhões e pela guarda das filhas. Foram pelo menos cinco audiências para tentar chegar à um acordo e, conforme a delegada, em uma das ocasiões o juiz teve que suspender o encontro porque o ex-marido estava muito exaltado.

“O único problema que a vítima tinha era em relação ao divórcio, que já vinha se arrastando há algum tempo. Um divórcio com esse ex-marido que foi preso hoje, porque eles tinham alguns problemas quanto à divisão de bens, guarda de filhos e problemas pessoais entre eles, que vinham se arrastando desde que a vítima pediu a separação”, detalhou a delegada Camila.

Ana Paula saiu de casa levando apenas suas roupas e trabalhava como diarista e como motorista de aplicativo de transporte de passageiros para se manter. Há dois anos, começou a se relacionar com a atual companheira. A vítima foi executada no momento em que chegava em casa, enquanto esperava o portão do condomínio onde morava abrir.

O suspeito de ser o atirador já tinha antecedentes criminais por tráfico de drogas. A arma do crime não foi localizada até o momento.

O advogado dos suspeitos, Elias Mattar Assad, que afirmou que seus clientes não têm envolvimento com o crime e que o ex-marido “negou veementemente” que tenha mandado matar a ex-esposa Ana Paula.

OPERAÇÃO

Os dois suspeitos foram detidos durante uma operação deflagrada pela Polícia Civil no início da manhã de hoje. O ex-marido de Ana Paula foi preso em casa, no condomínio de luxo onde morava, e o indicado como sendo o atirador também foi encontrado em sua residência. A polícia ainda cumpriu um mandado de busca e apreensão no clube onde ambos trabalhavam, como presidente e diretor financeiro, respectivamente, e apreendeu alguns documentos.

ASSASSINATO DE FÁBIO ROYER

No decorrer das investigações, foi verificado que a atual companheira do ex-marido de Ana Paula era esposa do rondonense Fábio Royer, o gerente financeiro que foi encontrado carbonizado dentro do porta-malas de um carro em 2018.

No entanto, a Polícia Civil ainda não confirma nenhuma relação entre os dois crimes.

“A gente ficou sabendo dessa relação entre essa mulher e o mandante do crime, que teve seu ex-marido morto em 2018, mas neste momento não temos nenhuma prova técnica. Então, no momento, nós não temos nenhuma relação. Isso não quer dizer que no decorrer das investigações, novas provas vão surgindo, e isso pode alterar o rumo das investigações”, detalhou a delegada Camila.

Fábio foi encontrado carbonizado no banco traseiro de seu próprio carro, no dia 18 de julho de 2018, em uma área de mata em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. O gerente comercial de uma loja de móveis no Bairro Batel havia desaparecido dois dias antes, quando saiu de casa, no Bairro Bacacheri, após dizer para a esposa que iria até uma farmácia comprar bombinha de asma para o filho.

A morte de Fábio nunca foi solucionada. Na época, a Polícia Civil indicou que a provável causa do homicídio estava relacionada com extorsão, na qual a vítima estaria sendo chantageada. Analisando as contas bancárias de Fábio Royer, a investigação apurou que movimentações e transferências bancárias de altas quantias. A polícia, no entanto, não conseguiu descobrir quem estaria sendo beneficiado com os valores.

Com RIC Record TV Curitiba

Sicredi
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