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“Valorize o potencial político da nossa região”, diz Cleci Loffi no Programa Diálogos

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No programa Diálogos deste sábado (05), o jornalista Fernando Nègre recebeu a ex-prefeita de Mercedes, Cleci Rambo Loffi.

Casada com Altair Loffi e formada em Gestão Pública, Cleci ingressou na vida pública em 2.005 como vereadora do município de Mercedes. De 2.005 a 2.012 foi Secretária de Saúde do Município de Mercedes. Em 2.008 foi eleita vice-prefeita e em 2.013 chegou ao principal cargo do Executivo Municipal quando eleita como prefeita.

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Frente à Prefeitura Municipal de Mercedes, Cleci ficou por dois mandatos. Neste período, assumiu a presidência do Conselho dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu (2017/2018 e 2019/2020) e, paralelamente, foi vice-presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste – Ciscopar.

Atualmente, aos 48 anos, Cleci Loffi é pré-candidata a deputada estadual.

“Foram praticamente 16 anos que a minha casa era a Prefeitura de Mercedes. Mas só podemos fazer uma avaliação do nosso trabalho quando vemos o trabalho dos outros. Isto serve para mim e para os eleitores”, iniciou Cleci na conversa com Fernando. “Saí muito tranquila. Hoje percebo que sempre tem coisas para fazer. Mas, realmente esse intervalo da política na minha vida tinha que ocorrer”.

Dentre as pautas das entrevistas, a pandemia foi um dos principais assuntos. Afinal, todos os setores da sociedade são impactados Sobre as medidas restritivas que o Governo do Estado impõe, Cleci questiona “Se o governo não fizesse isso, aonde iríamos parar?”.

Cleci estava como prefeita quando a Covid-19 chegou ao Brasil. No programa, ela comentou que no começo achava que era apenas uma lição para a humanidade. Porém, atualmente está preocupada com o rumo que essa crise sanitária ainda pode tomar.

“No começo eu achava que essa doença veio para que as pessoas desacelerassem um pouco e o lado familiar e humano fosse fortalecido. Hoje, já vejo diferente, gerou desemprego, é frustrante e afeta no comportamento das pessoas. Eu acreditava que seria um período curto. Está sendo muito difícil entender. As pessoas condenam muito quem está a frente. Mas as pessoas mais estudiosas não sabem explicar ainda até quando vai. Não é uma realidade fácil de se ver. Eu fico realmente preocupada”.

Em 2020, a ex-prefeita de Mercedes recebeu convite para atuar no governo Ratinho Junior, mas confessou que gostaria de ter a sua família consigo em Curitiba, por isso, continuou em Mercedes, onde seu marido, atualmente é vereador.

Conversando sobre o governo federal, Cleci disse que houve épocas em que a prefeitura tinha mais facilidade em receber recursos, mas a mudança é necessária.

“No governo PT foi a época que nós, prefeitos, mais fomos atendidos. Mas a sigla se desgastou. Isso acabou, de certa forma, enterrando o partido. Eu entendo o desejo das pessoas de mudança. Mas os cidadãos vão ter que fazer a interpretação, se valeu a pena ou não mudar. O que eu posso dizer é que mais quatro anos de governo, é muito difícil de fazer porque os eleitores cobram muito mais”.

No âmbito nacional, as eleições se encaminham para a polarização Bolsonaro x Lula no segundo turno. Cleci disse que não entende os caminhos tomados pelo atual presidente. “Bolsonaro está dando munição para as pessoas usarem contra ele”. Nem as cadeiras do Congresso estão favoráveis a ele. Como se vai trabalhar com os demais governos contra você?”

“Sou eleitora do Bolsonaro, mas não posso dizer que hoje me sinto bem com alguns comportamentos e falas dele. Grande parte dos seus eleitores, hoje balançam. Se ele tivesse comportamentos diferentes, hoje estaria mais forte”.

Cleci acredita que as Eleições de 2022 irão para o segundo turno. E preferiria que os candidatos fossem Bolsonaro e algum outro, que não fosse o Lula, mas disse que o atual mandante brasileiro precisa suavizar as coisas.

“Queria tentar entender as estratégias do Bolsonaro para suas ações, como o passeio de motocicleta”.

Quando deixou a prefeitura de Mercedes, Cleci também deixou o MDB, e ingressou no PSD, o partido do governador. A oposição, em Mercedes é liderada pelo MDB, ou seja, ela mudou de partido, mas não mudou de grupo político. “Saí do MDB em 2017. Me filiei, sim, por causa do governador Ratinho Junior. Um dos fatores que me fizeram sair do partido foi o Requião. Suas atitudes minimizaram um pouco o partido no Paraná. Acreditamos que o Sérgio Souza possa reerguer o partido”.

Sobre a sua pré-candidatura a deputada estadual, Cleci diz que vê como uma boa oportunidade, mesmo que para os pré-candidatos de Marechal Cândido Rondon que atuam em um reduto 8x maior já há uma grande dificuldade de viabilização e de eleição.

“Já fiz essa conta várias vezes. Mas se não for agora, quando vai ser? Temos que preparar lideranças para defender a nossa microrregião. Não podemos entregar nossos valiosos votos para outros candidatos sem ao menos tentar. Quando eu lancei a possibilidade de ser pré-candidata eu fiquei extremamente feliz com o apoio que recebi na região”.

“A última eleição não atingiu a nossa expectativa. Hoje a grande dificuldade de quem não está na assembleia é essa diferença de apoio e subsídios para trabalhar. Quem é deputado hoje está com tudo nas mãos. Nós que estamos começando do zero só temos a vontade e crédito para chegar e olhar nos olhos das pessoas e dizer ‘Confie’. Mas estou muito tranquila em relação a isso. Sei que esse é o processo. Precisamos que o povo avalie: ‘Vamos fortalecer a nossa região?'”, disse

A ex-prefeita de Mercedes acredita que ainda há muitas indecisões acerca das Eleições de 2022 e muita gente pode desistir se o novo modelo for implantado. “É uma discussão bem ampla”, comentou.

Sendo candidata a deputada estadual, Cleci disse que é difícil definir apenas uma bandeira. Ela reconhece a importância do agronegócio para o Oeste do Paraná, mas lembra de questões extremamente fundamentais.

O Agronegócio tem que ser uma bandeira especial, sim. Mas eu não posso me basear só num caminho. Eu vivi o problemão que é a Saúde no Estado. Temos filas quilométricas para cirurgias eletivas. Não temos onde internar nossos pacientes. Mas a questão viária é horrível. A energia elétrica era um grande problema. A questão de segurança é muito grave.”

Sobre a questão do pedágio, Cleci disse que as lideranças não podem se abraçar e achar que está tudo resolvido. Pois ainda há muita luta,

A atual gestão de Mercedes, para Cleci começou com rancor e há muita coisa que a equipe precisa aprender.

“Grande parte da equipe que está na Prefeitura de Mercedes agora, nunca esteve frente à Administração Pública e vai muito tempo até eles se adaptarem. Mas espero que usem esse tempo para fazer o que é bom e o que é certo. Tentar achar alguma coisa que foi negativa na gestão anterior para ficar apontando é um tempo que se perde. Aliás, muitas obras estão acontecendo devido aos recursos da administração anterior”.

A Covid-19 não pode ser desculpa para os governos, apontou a pré-candidata a deputada estadual. Precisamos discutir novos caminhos.

“Valorize o potencial político da nossa região. Sabemos que muito se fez, mas há muito para fazer. Que as pessoas reflitam muito sobre cada pessoa que colocar seu nome à disposição do cenário estadual e federal, para que lá na frente olhemos para trás e possamos ver que realmente valeu a pena”, finalizou Cleci.

A internauta Irivanda Fernandes Serafini participou do programa perguntando qual será o posicionamento da Cleci com relação a educação, se apoiará ou não as decisões do governador Ratinho Junior. A entrevistada respondeu que as condições dos professores precisam ser revistas, assim como as dos policiais. E ela disse que tem sua própria forma de pensar a respeito do assunto.

O programa Diálogos é transmitido ao vivo pela página do Portal Rondon, no Facebook.

Uma das novidades do Portal Rondon é que o programa Diálogos agora também está disponível em formato de podcast no Spotify, Dezzer, Castbox, Google Podcast, entre outros.

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