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Autoridade Palestina cancela acordo de troca de vacinas com Israel

Ministra da Saúde palestina diz que doses enviadas por Israel vencem ainda em junho

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em

Divulgação/Pfizer
Rui Barbosa

A Autoridade Palestina cancelou na 6ª feira (18.jun.2021) o acordo feito com Israel para a troca de vacinas contra a covid-19. Segundo a ministra da Saúde da Autoridade Palestina, Mai Alkaila, as doses enviadas pelos israelenses estavam perto de vencer.  As informações são da Reuters.

Pelo acordo, os israelenses enviariam até 1,4 milhão de doses do imunizante da Pfizer. Em troca, os palestinos teriam até o fim do ano para encaminhar a mesma quantidade para Israel. Isso permitiria que a Autoridade Palestina antecipasse a vacinação das áreas sob seu domínio: Cisjordânia e Faixa de Gaza.

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“Eles [israelenses] nos disseram que a data de validade era em julho ou agosto, o que permitiria muito tempo de uso”, disse a ministra palestina. “Mas [o vencimento] acabaria sendo em junho. Não havia tempo suficiente para usá-las, então as rejeitamos.”

O carregamento inicial devolvido pelos palestinos continha 90.000 doses. Segundo Ibrahim Melhem, porta-voz da Autoridade Palestina, equipes técnicas do ministério da saúde examinaram o lote e concluíram que as “doses recebidas não estão de acordo com as especificações contidas no acordo”.

O trato com os palestinos foi uma das primeiras medidas tomadas pelo novo primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) já havia expressado preocupação com a desigualdade na vacinação em Israel e na Palestina. Grupos internacionais de direitos humanos e especialistas da ONU (Organização das Nações Unidas) têm dito que Israel é responsável pelo bem-estar dos palestinos.

Israel já vacinou com ao menos uma dose mais de 63% de sua população. Segundo o Our World in Data, 59,49% dos israelenses estão totalmente imunizados. Enquanto isso, pouco mais de 8% dos palestinos receberam ao menos uma dose e 5,07% estão completamente vacinados.

O governo de Israel afirmou, ainda na gestão do agora ex-premiê Benjamin Netanyahu, que cabia à Autoridade Palestina organizar seu próprio sistema de vacinação. Segundo os israelenses, os acordos de Oslo da década de 1990 determinam que a responsabilidade pelos cuidados de saúde nos territórios ocupados é exclusiva dos palestinos.

Até agora, os palestinos receberam doses vindas de Israel, Rússia, China e Emirados Árabes Unidos. Também chegaram aos territórios doses via Covax Facility, consórcio liderado pela OMS.

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