Por que tem que ter redação no concurso para professores e como se dar bem?

Em primeiro lugar, a redação serve para avaliar o quando você domina a Língua Portuguesa. E esse domínio é fundamental quando você quer ser um professor, seja de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio ou qualquer outro grau. Afinal, você está formando cidadãos. E no caso de concursos que visam contratar professores para escolas municipais, a exigência vai além, porque é onde serão passadas as primeiras e mais importantes regras da língua que falamos e utilizamos como forma de escrita no nosso dia a dia e para nossa comunicação.

Não é porque eu cursei Letras ou porque sou escritora, nem porque eu gosto de ler escrever desde criança que eu acho fundamental ter redação como parte da avaliação de concurso para o cargo de professor.

Que professores nós seríamos se não soubéssemos nem expressar a nossa própria opinião e argumentar de maneira convincente sobre o que acreditamos, através de um texto?

Nós precisamos saber como nos expressar tanto na fala quanto na escrita quando estivermos em sala de aula. Isso é fundamental e, apesar de muitas pessoas não enxergarem desta maneira, vou te fazer pensar um pouquinho sobre essa importância: os próprios alunos percebem quando o professor sabe realmente do que está falando e quando não sabem. Eles sentem quando o professor consegue argumentar de maneira persuasiva ou não.

Se eu não sei escrever direito, como é que eu vou ensinar outra pessoa a fazer isso?

Por isso, a redação no concurso ajuda a selecionar as pessoas de acordo com os seus conhecimentos, especialmente ligados ao campo educacional.

Os alunos sempre viram o professor como aquele que conhece tudo. É claro que somos humanos e isso não é possível. Mas o que compete à nossa área? Somos capazes de colocar num texto?

O concurso é amanhã (30). Quando as inscrições iniciaram, eu iniciei um curso de redação em Marechal Cândido Rondon a pedido de um grupo de candidatos aos cargos disponíveis na área da educação.

E apesar de muitas pessoas apontarem interesse em fazer esse curso, a maioria delas preferiu deixar as aulas para último mês. E até para a última semana. Coisa de brasileiro, eu diria. Talvez.

Porém, para os alunos que foram nas aulas nos primeiros dias, comentei que para escrever uma boa redação é preciso de tempo. Você precisa estudar, escrever, refazer, observar seus erros, estudar mais um pouco, escrever novamente… e nesse processo todo, com certeza vai notar que sua redação foi melhorando nas últimas versões escritas.

Uma redação vai muito além do que você simplesmente pegar um folha e escrever as suas ideias conforme elas vêm à mente. Escrever demanda conhecer melhor a linguagem. Na escrita, precisamos usar os verbos corretamente, coisa que nem sempre fazemos durante a fala. E será que conhecemos a forma correta de escrevê-los? Só praticando a escrita é que saberemos.

Será que conhecemos todas as estruturas das frases? Conseguimos desenvolver uma ideia com coesão e coerência? Somos capazes de seguir uma linha sem fugir do tema proposto?

Não tem como saber se não praticarmos a escrita. E aí eu pergunto, você vai deixar para praticar isso no dia da redação? Qual será o tempo de rever e consertar seus erros? Nenhum!

O que eu disse para as alunas da primeira, da segunda e da terceira turma do curso de redação no ano passado, quando o concurso ainda não havia sido cancelado, foi que quanto antes elas começassem a estudar, mais chances de se dar bem elas teriam.

Eu fiquei feliz em ver que algumas delas lutaram todos esses meses na busca por conhecimento.

Por outro lado, nesta semana, muito concurseiros preocupados com a redação vieram me pedir aulas. Eu já estava com a minha agenda cheia de outros compromissos. Então, gravei um conteúdo e enviei às pessoas interessadas.

Para criar esse conteúdo, já no ano passado quando montei o plano de aula do curso de redação, eu analisei várias provas da banca organizadora. Cuidei de onde essa banca tira os seus textos de base e também analisei qual é o tipo de conteúdo que essa banca solicita através de suas provas de redação. Ou seja, eu consegui tirar a essência das ideias, pesquisar os principais temas utilizados por essa banca e montar uma apostila.

Se você treinou com provas de outras bancas. Legal! Pelo menos treinou! Eu não quero te assustar, mas vou te contar uma coisa: todas as bancas têm um jeito próprio de cobrar seus conteúdos, inclusive, as redações.

Se você fizer, neste concurso, o mesmo texto que você faria no Enem, por exemplo, você corre o risco de zerar a prova ou, para não ser tão exagerada, de tirar uma nota bem abaixo do que você espera, mesmo achando que o seu texto está excelente. Por que isso? Cada banca é única. Cada banca tem sua própria forma, suas próprias exigências.

Caso você queira conhecer, rapidinho, o estilo de redação da banca que organizou o concurso de amanhã (30), você pode me chamar no WhatsApp e adquirir o esqueminha que eu fiz.

E, olha! Muitas pessoas o adquiriram essa semana e eu espero que realmente aproveitem todo o conteúdo do vídeo e da apostila. Foram dias de estudo intenso para elaborar e, com certeza, vai ajudar muito!

Nem tudo está perdido se você não estudou ou não praticou a escrita! Mantenha a calma, preste atenção à proposta e dê o melhor de si.

Aproveite hoje e dê uma olhadinha nos conteúdos atuais em torno da área de educação. Você quer ser professor (a), então é sobre isso que precisa se informar!

Assuntos como gestão escolar, projetos pedagógicos, como a dança auxilia nas aulas, qual a importância da música na escola, os desafios que os professores têm enfrentado neste tempo de pandemia, aulas digitais, a importância da brincadeira e da alimentação escolar são algumas sugestões que eu deixo para vocês pesquisarem.

Outra coisa que você pode fazer é escrever uma redação e enviar para eu apontar os seus erros e acertos. Será que você está no caminho certo para a aprovação?

Boa sorte!