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Toda mulher é incrível: Selíria Spohr deseja reconhecimento para as mulheres

A professora aposentada lembra das dificuldades e alegrias do início de carreira

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Providência

Selíria Spohr é mulher, já foi menina de andar em lombo de cavalo, tomar banho de rio e trepar em árvores. Brincou de roda, esconde-esconde e ovo-choco. Foi moça e esposa. É mãe, avó e bisavó. Já foi profissional e hoje é professora aposentada.

Barriga Verde, nasceu em 1938, no município de Mauá, hoje município de Arabutã, Santa Catarina.

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É filha de agricultores e “me orgulho muito disso”, conta. Iniciou seus estudos em Arabutã numa escola multisseriada. Lá, cursou até o terceiro ano primário. Em 1950, atendendo ao desejo de seu pai, foi estudar em Marcelino Ramos, no Rio grande do Sul, na Escola Centenária, a qual em 1952 passou a ser o Ginásio Sinodal Júlio de Castilhos. Lá, Selíria cursou o primeiro ano ginasial.

Em 1953, foi transferida para o Ginásio São José, na cidade de Erechim, no Rio Grande do Sul onde concluiu os anos finais do Ensino Fundamental. No ano de 1955, os pais de Selíria mudaram para Santa Rosa, onde ela iniciou o Ensino Médio, no Colégio Santa Rosa de Lima. Desde 1964, ela é licenciada em Pedagogia pela Fafi – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí/RS.

Foi em Santa Rosa que Selíria casou e também foi lá que nasceram seus dois filhos.

Com 83 anos, Selíria conta que começou suas atividades docentes em Marechal Cândido Rondon em 1º de março de 1963, no antigo Ginásio Evangélico Rui Barbosa, que iniciou seu funcionamento naquele ano. No mesmo mês, começou a lecionar na Escola Normal Regional, atualmente conhecida como Colégio Estadual Eron Domingues, onde ministrou aulas até se aposentar com 25 anos de trabalho. Selíria passou ainda, pela Escola Técnica de Comércio David Carneiro, hoje Unioeste.

“Não foi fácil conciliar a vida pessoal com a profissional, pois os tempos eram outros e as dificuldades muitas… Os obstáculos que surgiam eram superados com muito esforço, boa vontade e idealismo. Na comunidade de então, encontrávamos muito apoio e colaboração, vínculos de amizade que perduram até hoje”, conta.

No decorrer dos anos, Selíria constatou a importância que as mulheres têm, desde a mais humilde até a mais graduada.

“Vejo a mulher como uma mola mestra que rege ocultamente grande parte do mundo. Basta olhar para as universidades e constatar que, em muitos cursos o número de mulheres supera o de homens. É meu desejo que, em breve, seja também reconhecido o trabalho da mulher equiparando seu salário ao dos homens. Desejo que todas as mulheres sejam respeitadas e valorizadas dentro e fora do lar, não importa o grau de instrução escolar, a ocupação social ou profissional… Que o Dia da Mulher seja levado para o dia a dia… Como profissional, esposa, mãe, avó e bisavó quero parabenizar todas as mulheres por seu dia. Essa é uma homenagem justíssima e merecida. Recebam todas, sem distinção, meu abraço de solidariedade e admiração. E a todos os homens que nos respeitam e valorizam, estendo a mão para cumprimento amistoso”.

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