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Impulsionados pelo auxílio emergencial, uso de apps financeiros dispara no país

O tempo que os brasileiros gastam com aplicativos de serviços financeiros cresceu 45% em 2020 e o aplicativo Caixa Tem foi o grande responsável por isso

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|Foto: Agência Brasil|
Martin Luther – Enem

O tempo que os brasileiros gastam com aplicativos de serviços financeiros cresceu 45% em 2020 – acima da média mundial. A alta foi impulsionada pelo uso de aplicativos relacionados ao auxílio emergencial, como “Caixa Tem” e “Caixa Auxílio Emergencial”.

Os dados são do relatório “State Of Mobile”, da consultoria internacional App Annie. Além do banco estatal, as fintechs Nubank e Banco Inter também aparecem entre os cinco aplicativos financeiros com maior crescimento em acessos no Brasil. Já os downloads neste segmento cresceram 75%.

Dr Guilherme Dentista

O estudo mediu o crescimento dos apps em dispositivos com o sistema iOS e Android, em diferentes países das Américas, Ásia e Europa. Em todo o mundo, o uso de aplicativos de finanças cresceu 25%. Apesar das estimativas, a consultoria não divulga os números absolutos de downloads. 

“A pandemia foi um acelerador das tendências que já vinham na área de serviços. E a gente vai viver, num futuro próximo, uma realidade muito híbrida, onde o digital vai começar a prevalecer. O físico não vai ser totalmente substituído, mas vai diminuir”, analisa Fábio Mariano Borges, professor de sociologia do consumo da ESPM.

Borges também lembra que muitas empresas tradicionais acabaram pegas de surpresa pela aceleração desse movimento. Nos primeiros meses de pagamento de Auxílio Emergencial, por exemplo, a própria Caixa reconheceu a sobrecarga nos acessos ao aplicativo, gerando instabilidades no serviço.

“Vimos muitos problemas. É uma concentração de pessoas num determinado horário, provocando horários de rush. Ou seja, o horário de rush no ambiente físico, migrou para o digital”, avalia o professor.  

Nas Américas, o uso de apps financeiros em países como Argentina e Estados Unidos, teve crescimento ainda maior do que no Brasil. Entre os argentinos, a alta foi de 110%, já entre os norte-americanos, de 90%. 

Rentabilidade e fácil acesso

Para o especialista em dados financeiros e de mercado André Salerno, fatores como as taxas de juros baixas, contribuíram para que as pessoas transitassem pelos meios digitais procurando novas alternativas de rendimento.

“Hoje para ter rentabilidade, você precisa correr atrás. Através de um consultor ou usando todo o conhecimento que se abre pela internet, onde as pessoas conseguem fazer quase tudo. Do próprio treinamento, a busca e entendimento dos serviços financeiros”, observa. 

Salerno também avalia que a concorrência crescente no mercado financeiro tem provocado preços mais competitivos, beneficiando o consumidor. “Antes, o custo de buscar aplicação financeira era muito alto. Quando você traz para o ambiente online, o custo de procura cai muito. Fica mais acessível para o usuário”. 

Por fim, o consultor lembra que dados do próprio setor mostram maiores investimentos no ambiente virtual nos últimos anos. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o valor de operações bancárias por “mobile banking” cresceu 61%, entre 2015 e 2019, sendo quase metade de todas as transações.

“Existe um movimento de desmobilizar as agências bancárias, reduzir bastante o número de pontos físicos e se transformar num ambiente online. É um movimento bastante intenso e pode ter sido acelerado pela Covid-19”, completa. 

FONTE: CNN

Imobiliária Maurício Vazquez
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