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China permite entrada de estrangeiros que tomem a vacina fabricada no país

Para especialistas, a medida pode dividir o mundo em ‘silos baseados em vacinas’ e pressionar outros países a adotarem imunizantes chineses

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Foto: Agência Brasil
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A China está facilitando a entrada de estrangeiros no país durante a pandemia de Covid-19. Mas há uma condição: eles precisam ter recebido uma vacina fabricada na China.

Pelo menos 23 embaixadas chinesas em todo o mundo emitiram novas políticas de visto com essa condição na semana passada, incluindo nos Estados Unidos e no Reino Unido. Em ambos países as vacinas chinesas não estão disponíveis.

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O Ministério das Relações Exteriores da China diz que a medida é para dar início às viagens internacionais de uma “forma ordenada”, e os viajantes vacinados ainda enfrentarão a quarentena estatal após o desembargue no país.

Especialistas, no entanto, tem revelado preocupações sobre a decisão da China de priorizar suas vacinas domésticas e não incluir outros imunizantes na lista que são aprovados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e possuem uma taxa de eficácia mais elevada.

Para eles, há o risco de outros países se sentirem pressionados a aprovar as vacinas chinesas e estabelece um precedente perigoso que, se adotado por outras nações, pode deixar o mundo em “silos baseados em vacinas”.

Além de surgirem questões práticas como quais serão as  opções as pessoas têm se moram em países que não aprovaram as vacinas fabricadas na China.

“É o que há de mais complicado na diplomacia da vacina”, disse Nicholas Thomas, professor associado de segurança sanitária na City University de Hong Kong. 

“(Está) essencialmente dizendo que se você quiser nos visitar, você precisa tomar nossa vacina”, disse. 

Atualmente, a China é um dos vários países na vanguarda do desenvolvimento de vacinas e, até 15 de março, exportava vacinas para 28 países, de acordo com a Missão Chinesa na ONU. 

Programas de vacinação pública em massa com vacinas chinesas estão em andamento na Indonésia e na Turquia. Apenas na China, 65 milhões de pessoas foram vacinadas com as cinco vacinas aprovadas e produzidas internamente.

Mas nenhuma dessas vacinas da China foi ainda aprovada pela OMS ou divulgou os dados completos dos testes de Fase 3, levando a uma falta de clareza sobre o quão eficazes as vacinas realmente são. 

Os dados disponíveis sugerem que as vacinas da China podem, na verdade, ser menos eficazes do que outras vacinas – o Sinovac, por exemplo, teve uma taxa de eficácia de 50,38% em testes em estágio final no Brasil, inferior aos 78% anunciados na China e inferior à eficácia taxa de outras vacinas, como a Pfizer, que relatou uma taxa de eficácia de 95%.

Fonte: CNN

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