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Polícia paraguaia investiga agentes acusados de cobrar R$ 4 mil de propina de brasileira

Segundo a denúncia, brasileira foi levada para delegacia de Mingua Guazú, onde valor foi cobrado. Parte da ação foi filmada pela moradora de Foz do Iguaçu.

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Filho da vítima filmou parte da ação em delegacia do Paraguai — Foto: Reprodução/RPC
Rui Barbosa

A direção da Polícia Nacional do Paraguai informou, nesta terça-feira (9), que investiga a conduta de policiais de Cidade do Leste, na fronteira com o Brasil, acusados por uma brasileira de terem cobrado propina de R$ 4 mil.

De acordo com a moradora de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, ela foi até o Paraguai para uma festa e, após um desentendimento com o namorado, chamou os policiais, que cobraram o valor para liberá-la.

Ótica da Visão

“Eu achei que eles iam chegar, iam me ajudar. Eles não me ajudaram, me levaram na delegacia deles e eles só queriam dinheiro para me liberar”, afirmou a mulher, que não quis se identificar.

Ela disse que foi levada até a delegacia de Mingua Guazú, a 20 km da fronteira, onde um dos agentes afirmou que ela e o carro dela só seriam liberados após o pagamento do valor.

Vídeo da ação

Segundo a vítima, um vídeo foi gravado dentro da delegacia pelo filho dela, que foi até o local levar o dinheiro. 

As imagens mostram que, enquanto um agente conta as notas de dinheiro, a mulher chegou a pedir um recibo de pagamento.

  • Vítima: Você pode me dar um recibo…
  • Policial: Ahn?
  • Vítima: Você pode me dar um recibo se eu precisar fazer o…
  • Policial: Não… Vou fazer a alta e tudo termina aqui.

A gravação foi interrompida quando um dos homens percebeu que estava sendo filmado.

  • Policial: Você está filmando?
  • Vítima: Não, claro que não.

Polícia investiga

Ao ter acesso às imagens, o diretor-geral da Polícia Nacional do Paraguai, Carlos Benítez, afirmou que vai fazer uma intervenção na delegacia.

“São muitas questões irregulares que nós temos que colocar à disposição das autoridades”, afirmou o diretor.

Segundo a corporação, o policial que aparece nas imagens deve ser investigado e pode ser afastado.

Enquanto isso, a vítima diz ter medo de voltar ao país vizinho.

“Eu fiquei muito transtornada, chorei muito. Não sabia nem o que fazer, nem onde que eu tava. Eu me senti no chão”, afirmou.

Sicredi
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