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Crônica: Passagem

Crônica é um gênero literário curto e narrativo que aborda eventos do cotidiano, experiências pessoais e reflexões, muitas vezes com um tom informal e subjetivo, visando entreter, informar ou provocar reflexões no leitor

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Foto: Gelsiney Schell
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Hoje, embarco no ônibus para refazer a viagem que, por muitas vezes, nos dias de chuva, levávamos horas… eram buracos e atoleiros, outras vezes uma poeira que tingia o milharal de vermelho.
Embarquei na Rodoviária, com destino a Porto Mendes, o Expresso Rondon saiu no horário, e logo deu aquela parada no ponto da Delegacia, o asfalto acelerava a viagem… em Curvado um embarque no Bar do Aba Cerny, e o pneu do Expresso ia assoviando, curvas dos atoleiros cobertas com asfalto, e uma parada numa roça, duas mulheres embarcam para Mendes, e já em Iguiporã a parada no bolicho, e o desembarque de um casal de idosos. Tocamos até Bom Jardim, deu vontade de descer, alí tinha parte da minha história, o caminho hoje seguia por outra estrada, não passou pela Linha Apepú, não pude ver a Igreja, a Escola, o Bolicho do Vô, os Cinamomos…
Passamos pelo aterro do Apepú e bem rapidinho entramos na Avenida de Porto Mendes, antes íamos reto, passando pela ponte do rio São Cristóvão, mas a estrada vai mais pro lado, a antiga está debaixo do lago, era por ali que chegávamos na praça de Mendes, no Bolão do Léo, ou do outro lado tinha o Perna de Pau, o armazém do Greselhe, o Moinho pra baixo da Igreja, o restaurante e hotel do Max, a avenida Heitor Mendes já não tem os altos pés de Pinheiros, que choravam melancolicamente quando o vento soprava forte em suas folhas, o Sempre Verde ainda está lá, não é mais de madeira, mas sem as festanças e bailes que outrora faziam Porto Mendes dançar e sorrir…
O tempo passa, e reescreve as histórias, as pessoas cruzam por nossas vidas, e logo se tornam estranhos num mundo “girante”.

Autor: Gelsiney Schell

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