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Saúde

Alzheimer: identificados 42 genes para conhecer melhor a doença

Estudo é de um grupo de cientistas europeus

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jcomp - freepik
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Um consórcio europeu de investigadores identificou 75 áreas do genoma humano associadas à doença de Alzheimer, das quais 42 nunca tinham sido relacionadas a esta condição cognitiva. A nova lista de genes oferece uma oportunidade para melhor compreensão dos processos degenerativos, assim como novas pistas para um tratamento mais eficaz.O estudo recolheu dados de 111.326 casos para caracterizar a paisagem genética da doença de Alzheimer. Para estudo comparativo foram também analisados dados do genoma humano de 677.663 indivíduos saudáveis.
Os genomas foram fornecidos por clínicas em mais de 15 países da União Europeia e dados provenientes da Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Islândia, Nigéria, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos.

“Este é um estudo de referência no campo da investigação do Alzheimer e é o culminar de 30 anos de trabalho”, disse a co-autora do estudo Julie Williams, diretora do Centro de Pesquisa de Demência do Reino Unido na Universidade de Cardiff.
Os 42 genes associados à doença apontam novos caminhos para combater a progressão da doença.Se o tabagismo, a atividade física ou a dieta podem influenciar o risco de se desenvolver a doença de Alzheimer, Williams sublinha que genética pode também contribuir para a patologia.

“Sessenta a 80 por cento do risco de doença é baseado na nossa genética
 e, portanto, devemos continuar a procurar as causas biológicas e desenvolver tratamentos muito necessários para milhões de pessoas afetadas em todo o mundo”, observou.Genes associados ao sistema imunitário e à inflamação
Além do já conhecido gene APOE e4 ou das proteínas de beta-amilóide e tau, na nova lista estão identificados genes associados processos de inflamação e a células do sistema imunitário que podem danificar as células cerebrais.
A análise detalhada de um regulador imunológico chamado LUBAC, necessário ao corpo para ativar os genes e prevenir a morte celular, marcou um dos pontos de partida.
O estudo descobriu que a microglia, célula do sistema imunitário no cérebro, tem por missão “tirar o lixo” – limpar os neurónios danificados – e desempenha um papel fundamental em pessoas diagnosticadas com doença de Alzheimer.

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Alguns dos genes recém-descobertos podem fazer com que a microglia seja menos eficiente. Se a microglia perder eficácia, “a doença poderá ser acelerada”, disse Julie Williams.

O estudo identificou também genes associados à inflamação que envolvem citocinas ou proteínas capazes de provocar a morte de células tumorais. O mau funcionamento destas proteínas podem permitir que inflamações evoluam para tumores.
O corpo desencadeia um processo inflamatório como mecanismo de defesa para matar agentes patogénicos. Desempenha também um papel na remoção de células danificadas. O estudo encontrou um conjunto de genes associados às proteínas de Necrose Tumoral Alfa, como é denominado.

Durante a análise destes processos, a investigação encontrou uma proteína que se destacou no sistema imunitário para regular a inflamação. Embora o verdadeiro papel do processo químico seja reunir as defesas do corpo para a luta na infeção, essa reação também tem impacto em muitas doenças auto-imunes nas quais o corpo se volta contra si mesmo, como artrite reumatóide e psoriática, doença de Crohn e diabetes tipo 1, esclareceram os cientistas.

O somatório das interações genéticas foram encontradas pelo estudo, e todas documentam que “a doença de Alzheimer é uma doença multifatorial, composta de diferentes patologias, e cada pessoa tem seu próprio caminho”, disse Richard Isaacson, diretor da Clínica de Prevenção de Alzheimer no Centro de Saúde do Cérebro da Faculdade de Medicina Schmidt da Florida Atlantic University.
“A doença apresenta-se de maneira diferente e progride de maneira diferente em pessoas diferentes”, explicou Issacson.

Estas descobertas fornecerão aos cientistas novos indicadores e ferramentas para tratamentos, medicamentos e conselhos para alterações de estilo de vida que podem reduzir o risco da doença cerebral mortal, dizem os investigadores.“O futuro da doença de Alzheimer é a medicina de precisão e prevenção“, rematou Isaacson.

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