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Vídeo mostra trecho de aula de ex-PM ensinando a fazer sexo com mulher morta e gera indignação na internet

Evandro Bitencourt Guedes é professor e diretor-presidente da AlfaCon Concursos Públicos. Empresa diz que ‘respeita o ser humano’ e que gravação é antiga e foi retirada dos canais da plataforma

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| Foto: Redes sociais|
Martin Luther – Enem

Circula nas redes sociais um vídeo de trecho de uma aula do ex-policial militar e professor Evandro Bitencourt Guedes ensinando como fazer sexo com uma mulher morta. Ele é diretor-presidente da AlfaCon Concursos Públicos, empresa de Cascavel, no oeste do Paraná. 

Na gravação, que tem gerado manifestações nas redes sociais, Guedes diz:

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“Imagina, filho, você que é virgem. Aí você passa num concurso de técnico de necropsia de nível médio. Aí você tá lá e vem uma menina do ‘Pânico na TV’ morta. Meu irmão, com aquele rabão e ela enfartou de tanto tomar bomba, enfartou na porta do necrotério. Duas horas da manhã, não tem ninguém. Você bota a mão: ‘Uhmmm, quentinha ainda’. O que você vai fazer? Vai deixar esfriar? Meu irmão, eu assumo o fumo de responder pelo crime. Meu irmão, o difícil vai ser você arrumar uns travesseiros porque c**** ela de bruços não dá.”

O professor da empresa especializada em preparação para concursos públicos reconhece na gravação que a prática é crime:

“É crime? É, você mexeu com a honra do cadáver, o sujeito passivo do crime é o familiar da vítima. Você imagina o pai: ‘Ai, minha filha morreu e o cara de 19 anos, aluno do Evandro, porra, conseguiu botar minha filha morta para c***** p**”.”

Em outro trecho, Guedes ainda afirma: “Tem que responder pelo crime, mas a pena é desse tamanhozinho [sinaliza com as mãos] vale à pena responder”.

Em nota, a empresa AlfaCon concursos públicos disse que o vídeo é antigo e se trata de uma aula transmitida ao vivo no YouTube e que foi retirada do ar “para que nenhuma pessoa mais faça mau uso do conteúdo e em respeito a todos que possam se sentir ofendidos com a colocação”.

“AlfaCon, como empresa que respeita o ser humano acima de qualquer coisa, entende a indignação demonstrada nas redes sociais, pois o vídeo foi editado de forma a parecer que o professor em questão era praticante do crime. O que não é verdade. O vídeo na íntegra deixa claro que se trata apenas de um exemplo fictício e caricato para ilustrar uma situação do direito penal”, diz a nota.

No ano passado, reportagem do g1 mostrou que, em outra aula, o professor diz gostar “de bater nas pessoas”. Na época, a empresa disse serem casos “antigos e isolados”. 

Pedido de investigação

A partir do vídeo no qual Guedes ensina a fazer sexo com uma mulher morta, o deputado federal do Paraná o Delegado Matheus Laiola (União-PR) enviou ofício à Polícia Civil e ao Ministério Público do estado pedindo a apuração “da possível prática do crime de incitação ao delito de vilipêndio de cadáver”.

“O docente profere a seguinte frase ‘…se você chegar em um necrotério e uma menina chegar morta, você consegue conseguir uma cópula vaginal com a mulher morta…”, diz o parlamentar no ofício.

O crime de vilipêndio de cadáver é previsto no artigo 212 do Código Penal Brasileiro. A ação pode ser definida como um crime contra o respeito aos mortos.

Vilipêndio de cadáver: entenda o que é o crime e as penas previstas

O deputado afirma que, no caso específico, a conduta é de extrema gravidade ao incitar o desrespeito e a desvalorização à dignidade de pessoas falecidas.

Procurada, a Polícia Civil disse ainda não ter sido notificada do caso. O g1 também questionou o MP-PR sobre o ofício enviado pelo parlamentar, mas ainda não recebeu resposta.

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