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Coquetel de anticorpos do Butantan poderá salvar pessoas picadas por cobras

Pesquisadores estão criando células produtoras de anticorpos monoclonais (mAbs) para fabricar antiveneno que poderá ser opção mais acessível do que o soro antiofídico

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| Foto: Wikimedia Commons|
Velho Oeste

O Instituto Butantan já salva de acidentes com serpentes 30 mil pessoas por ano no Brasil graças à sua produção de soros hiperimunes equinos. Para ampliar ainda mais as opções de tratamento, pesquisadores da instituição estão desenvolvendo células produtoras de anticorpos monoclonais (mAbs), que poderão ser usados para produzir um coquetel antiveneno.

Segundo uma revisão publicada pelo Butantan e divulgada pelo instituto na última sexta-feira (24), esses anticorpos podem ser usados para produzir antivenenos capazes de neutralizar as principais toxinas da peçonha, servindo como uma terapia alternativa.

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É importante ter esta nova opção, pois nem todos conseguem acesso ao soro antiofídico, o tratamento mais comum. A maioria das vítimas de picada de cobra peçonhenta estão em comunidades remotas, muitas delas afastadas de grandes centros e sem acesso à energia elétrica.

“O soro, em contrapartida, precisa ser utilizado em no máximo 48h após o acidente, exige doses altas administradas via endovenosa, deve ser armazenado sob refrigeração e só pode ser aplicado por profissionais da saúde”, explica o Butantan.

Como são fabricados os mABs?

Podendo ser de origem humana ou animal, os anticorpos monoclonais são produzidos por uma única célula de defesa: o linfócito B, que é clonado e imortalizado para produzir sempre os mesmos anticorpos.

O pesquisador Wilmar Dias da Silva, em colaboração com a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, participou do desenvolvimento de hibridomas (células de replicação contínua) produtores de anticorpos monoclonais contra as toxinas do veneno da jararaca (Bothrops) e da serpente africana biúta (Bitis arietans).

Com o avanço, os pesquisadores poderão criar um único coquetel de anticorpos específicos para diferentes classes de toxinas. Isso poderá reduzir o uso de animais como cobaias e, a longo prazo, o custo de produção de antivenenos.

Com informações de Galileu

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