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SSP confirma mais duas mortes; total em ação da polícia no litoral de SP chega a 10

Operação acontece após morte de PM da Rota em Guarujá, no litoral paulista. Conforme a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo mais duas pessoas morreram durante os confrontos na cidade. Mais cedo o governador Tarcísio de Freitas havia divulgado um balanço com oito mortes, enquanto a ouvidoria das Polícias de São Paulo mais indicava dez baixas.

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Operação Escudo acontece em Guarujá (SP) após PM ser morto baleado por criminoso — Foto: Reprodução
Gramado Presentes

A Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) confirma dez mortes em ação da polícia em Guarujá, no litoral paulista, após execução de PM da equipe Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) morrer baleado. O número foi atualizado após mais duas mortes na tarde desta segunda-feira (31).

Mais cedo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) havia informado oito mortes durante coletiva de imprensa. A Ouvidoria das Polícias de São Paulo, por sua vez, tinha informado ao menos dez mortes.

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De acordo com a Prefeitura de Guarujá, durante a tarde foi morto um homem de aproximadamente 30 anos após confronto com as autoridades na Rua Botafogo, na comunidade Aldeia, que fica ao lado de um local chamado Sítio Conceiçãozinha. A identidade não foi divulgada.

Horas depois, já à noite, mais uma morte foi confirmada, desta vez pela SSP-SP. A pasta não informou o local do confronto nem os dados do homem morto.

Suspeito de matar PM é preso

O suspeito de atirar e matar Patrick Bastos Reis, soldado da Rota, passou por audiência de custódia, nesta segunda-feira (31), no Fórum de Santos, no litoral de São Paulo. Erickson David da Silva, de 28 anos, teve a prisão temporária mantida por 30 dias.

Em entrevista à TV Tribuna, afiliada da TV Globo, o advogado do Wilton Felix disse que suspeito se diz inocente e estava na comunidade da Vila Zilda, em Guarujá, para comprar drogas. “Ele [Erickson] alega e atesta que não participou do evento morte. Na fatalidade, ele estava comprando droga, por fazer uso de entorpecentes, quando ouviu vários tiros e no pavor da situação, ele fugiu do local”, explicou Felix.

Ainda segundo o advogado, imagens do suspeito foram vinculadas como sendo o principal suspeito de ter realizado o disparo de ter matado o policial. “Ele ficou com receio e foi para outra cidade, sendo hoje (domingo), de livre e espontânea vontade, se integrou as autoridades, na Corregedoria da Polícia, mostrando que acredita que ele foi vítima de uma injustiça”, disse o advogado.

Nesta segunda-feira (31), Erickson foi encaminhado ao Fórum de Santos, onde passou por audiência de custódia, que começou por volta das 10h. A Justiça definiu que a prisão temporária foi mantida por 30 dias.

Entenda o caso

O soldado Patrick Bastos Reis foi baleado enquanto fazia um patrulhamento na comunidade da Vila Zilda, em Guarujá, na quinta-feira (27). A morte dele foi confirmada no mesmo dia. Além dele, um outro policial foi baleado na mão esquerda, encaminhado para o Hospital Santo Amaro e liberado.

Após o caso, a Polícia Militar iniciou a Operação Escudo, com o objetivo de capturar os criminosos responsáveis pela ação contra os agentes.

Erickson, também conhecido como ‘Deivinho’, foi capturado na Zona Sul de São Paulo, durante a noite do último domingo (30). Segundo informações da polícia, Erickson tem 28 anos, é solteiro e era o ‘sniper’ utilizado pelos traficantes. Ele teria atirado em direção ao soldado da Rota de uma distância de mais de 50 metros.

Mortes

Em vídeo gravado antes de ser preso, o suspeito afirma, em relato direcionado ao governador de SP e ao secretário de Segurança Pública, que estão “matando uma ‘pá’ de gente inocente”. Ele diz não ter nada a ver com o caso, mas que vai se entregar. Erickson diz ainda que estão “querendo pegar” sua família.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta segunda-feira (31) que o vídeo gravado pelo suspeito foi “uma estratégia do crime organizado”.

“A verdade é que esse vídeo que ele fez, orientado pelos seus defensores, inclusive tem áudio do advogado o orientando a fazer esse vídeo, se os senhores ainda não possuem, ao longo das investigações vão tomar conhecimento disso, é uma estratégia do crime organizado, inclusive de cooptar moradores, de cooptar pessoas das comunidades que também são vítimas do tráfico organizado apresentando versões”, afirmou.

A Ouvidoria das Polícias informou que identificou 10 mortos em decorrência de intervenção policial na Operação Escudo, feita pela PM no litoral paulista no fim da semana.

O órgão informou estar investigando também as denúncias de tortura e ameaças de morte relatadas por moradores. Além dele, o governador acrescentou que outro três envolvidos já estão presos, após trabalho de inteligência da Polícia Militar.

Reforço

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o secretário de segurança do estado, Guilherme Derrite, anunciaram aumento do efetivo policial e uma nova unidade em Guarujá, no litoral de São Paulo, após a morte do PM da Rota Patrick Bastos Reis. Segundo o governador, as ações se fazem necessárias pois “o tráfico ocupou a Baixada Santista”.

De acordo com Tarcísio, a Operação Escudo vai continuar na Baixada Santista por pelo menos 30 dias. Além disso, o governador ainda prometeu novas ações na região.

“Nós vamos levar para a Baixada Santista o aumento de efetivo, unidade da Polícia Militar. Nós devemos ter mais uma unidade da Polícia na Baixada para aumentar o efetivo e responder o ânseio da Baixada”, disse Tarcísio.

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