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Menino de Toledo curado de leucemia conhece motoboy que doou medula óssea

Menino recebeu a doação quando tinha 1 ano

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Foto: DIvulgação
Providência

Um menino de três anos conheceu, nesta quinta-feira (17), o doador de medula óssea que contribuiu para salvar a vida da criança. O encontro ocorreu em Curitiba, durante o evento que marcou os 30 anos do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).

Em março de 2021, Felipe, na época com um ano, foi diagnosticado com leucemia. Ele não tinha doador de medula óssea compatível na família, que é de Toledo, cidade do oeste do Paraná.

Ótica da Visão

A opção foi recorrer ao Redome. A chance, lembra a família, era de uma em cem mil.

Mas foi nessa pequena possibilidade que apareceu Rafael de Oliveira, motoboy de Taubaté, cidade do interior de São Paulo.

Ele estava cadastrado no Redome e conta que, quando recebeu a notícia da compatibilidade com a criança desconhecida, não pensou duas vezes antes de concordar com o procedimento.

“Não tem porque não ajudar, não tem porque não doar, né?! Eu mesmo, como eu ia viver a minha vida sabendo que tive uma oportunidade dessa e falei que não”, diz Rafael.

O transplante ocorreu em junho de 2021 no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, e foi um sucesso.

Felipe, hoje, aos três anos, está curado.

“Quando ele disse sim pra essa doação ele não disse sim só para o Felipe, ele disse sim para mim, para o meu marido, para a minha filha. Para toda a nossa família, que todos os dias dobrava os joelhos e rezava para que a gente conseguisse [um doador compatível]”, destaca a mãe do menino, Jéssica Sartor.

Redome

O Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) foi criado em 1993, com o intuito de reunir informações de pessoas dispostas a doar medula óssea para quem precisa de transplante.

Com mais de 5 milhões de doadores cadastrados, é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo. A informação é do Ministério da Saúde, que o administra.

Apenas no ano passado o órgão foi o responsável por 350 transplantes no Brasil e mais 90 doações de medula para o exterior.

Como se tornar doador de medula óssea

Para se tornar um doador voluntário de medula óssea, é preciso ir a um Hemocentro.

Após o cadastro no Redome, é feita a coleta de uma amostra de sangue (10 ml) para exame de tipagem HLA.

O que é necessário?

  • Ter entre 18 e 35 anos de idade (o doador permanece no cadastro até 60 anos e pode realizar a doação até esta idade);
  • Estar em bom estado geral de saúde.

O doador também não pode ter nenhuma doença impeditiva para cadastro e doação de medula óssea. Entre elas, estão:

  • AIDS / HIV: Pessoas diagnosticadas com HIV (AIDS) não poderão realizar o cadastro no Redome
  • CÂNCER: Para todos os tipos de câncer NÃO serão permitidos o cadastro e nem a doação, EXCETO para o de pele – Carcinoma Basocelular e o de Colo de Útero, caso tenham sido tratados somente com cirurgia.
  • EPILEPSIA: O cadastro é permitido nos casos da doença controlada, sem uso de medicação e crise há mais de três anos.
  • DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DSTs): O cadastro é permitido em casos de DST tratadas (Herpes, HPV, Clamídia e Sífilis).
  • ASMA: Somente com uso de bombinha inalatória poderá se cadastrar e doar.
  • HIPOTIREOIDISMO: Liberado o cadastro e a doação.
  • HIPERTIREOIDISMO: Impedido o cadastro e a doação.
  • HEPATITE:

– Hepatite A: Pessoas curadas, estão liberadas para o cadastro e a doação

– Hepatite B: Pessoas com carga viral negativa, poderão ser cadastradas e, posteriormente, avaliadas para doação.

– Hepatite C: Não será permitido o cadastro.

  • DOENÇAS AUTOIMUNES:

O cadastro será permitido nos seguintes casos:

– Tireoidite de Hashimoto e Doença de Graves tratadas com sucesso e situação clínica estável.

– Psoríase controlada, somente no caso de uso de medicação tópica

– Vitiligo, sem uso de medicação.

Não será permitido o cadastro em casos de:

– Artrite Reumatóide

– Lupus

– Fibromialgia

– Esclerose Múltipla

– Síndrome de Guillain-Barré

– Púrpura

– Síndrome Antifosfolipídica

– Síndrome de Sjogren

– Doença de Crohn

– Espondilite Anquilosante

  • DIABETES

Pessoas diagnosticadas com diabetes deverão consultar o seu médico para analisar a atual situação clínica:

– Diabetes bem controlada, seja por dieta ou medicamento, será permitido o cadastro.

– Nos casos de diabetes em que é necessário o uso de insulina ou outra medicação injetável para tratar a própria doença ou doenças renais, cardíacas, do nervo ou dos olhos (relacionadas com a Diabetes), o cadastro não será permitido.

TUBERCULOSE

  • – Tuberculose Pulmonar: Liberado para o cadastro e a doação, após cinco anos de tratado.
  • – Tuberculose Extrapulmonar: Inapto para o cadastro e a doação.

USO DE DROGAS

– Alcoolismo Crônico: Inapto para o cadastro.

– Maconha: Liberado.

– Cocaína: Liberado o cadastro e afastado para doação por 12 meses, a partir da data da última utilização. No caso de uso injetável, é impedido o cadastro.

– Crack: Liberado o cadastro e afastado para doação por 12 meses, a partir da data da última utilização.

  • DOENÇA PSIQUIÁTRICA

– Depressão: Liberado o cadastro e a doação.

– Esquizofrenia: Impedido o cadastro.

– Transtorno Bipolar: Impedido o cadastro.

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