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Movimenta Preta promove homenagem às mulheres negras do Paraná

Mulheres que carregam a força da representatividade preta e feminina para os diversos ambientes profissionais e culturais

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Movimenta Preta promove homenagem às mulheres negras do Paraná Foto: Maringas Maciel
Martin Luther – Enem

A Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (SEEC), prestou nesta quarta-feira (19) homenagem a sete personalidades negras femininas como fechamento da ação Movimenta Preta.

Pesquisadoras, artistas, professoras, militantes. Mulheres que carregam a força da representatividade preta e feminina para os diversos ambientes profissionais e culturais. A Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (SEEC), prestou nesta quarta-feira (19) homenagem a sete personalidades negras femininas como fechamento da ação Movimenta Preta.

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Foram homenageadas no hall da Biblioteca Pública do Paraná (BPP) Cleuza Souza Theodoro, Kênia Coqueiro, Maria de Fátima Beraldo, Sandra Mara Aguillera, Janine Mathias, Marcilene Garcia de Souza e Will Amaral, mulheres negras com trajetórias de garra e muita luta.

Promovido pela SEEC, o Movimenta Preta faz referência ao Julho das Pretas, que ressalta o papel das mulheres negras nas áreas socioculturais do país com várias ações que aconteceram neste mês nos espaços da Secretaria. As homenagens foram entregues em mãos por Clemilda Santiago, diretora de Igualdade Racial da Semipi, pela secretária da pasta, Leandre Dal Ponte, e pela assessora técnica de Igualdade Racial da SEEC, Mariana Lopes.

A secretária Leandre afirmou que a homenagem é simbólica na luta pela defesa dos direitos das mulheres. “Nossa secretaria trabalha para que as nossas meninas tenham um futuro melhor”, ressaltou.

“São mulheres maravilhosas, que fazem a diferença na sociedade e mostram de forma pedagógica como ser antirracista, como respeitar a cultura negra nesse Estado e nesse País”, afirmou Clemilda Santiago. “Encerramos o Movimenta Preta da melhor forma possível, destacando essas mulheres que tanto nos orgulham e são importantes para a representatividade da mulher preta”, complementou Mariana Lopes.

O evento contou com apresentação do grupo musical Vozes da Angola, formado por homens e mulheres angolanos, refugiados da guerra civil de seu país. Totens com fotos e biografias sobre as mulheres homenageadas podem ser visitados gratuitamente durante o mês de julho no hall da BPP.

HOMENAGEADAS

Cleuza Souza Theodoro

 – Uma das fundadoras da ONG Enedina Alves Marques, em Maringá, Cleuza milita no Movimento União e Consciência Negra há aproximadamente 25 anos. Está na gerência de Promoção da Igualdade Racial, no Conselho da Mulher e da Igualdade Racial, no Conselho de Direitos Humanos, além de ser fundadora do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM).

Kênia Coqueiro

 – Graduada em Artes Visuais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pelo Centro Universitário Internacional (Uninter), busca discutir as relações sobre a estrutura dos padrões eurocêntricos, a pluralidade e as subjetividades da mulher negra em suas produções. Possui no currículo exposições coletivas, oficinas e palestras em educação para as relações étnico-raciais. Teve como principais ações a participação na mostra coletiva Negras Conexões – MAC/MON, em Curitiba; a exposição “Estratégias do Feminino”, em Porto Alegre (RS); capa da publicação “Experiências Negras – Instituto Tomie Ohtake (SP)”, com a obra “Coqueiras”. Idealizou o Espaço Africanitude, que trabalha a promoção da cultura afro e positivação do patrimônio imaterial da mulher negra. Atualmente, concilia sua pesquisa e produção como artista visual à atividade de caracterizadora cinematográfica.

Janine Mathias

 – Cantora, compositora, atriz, empreendedora cultural brasiliense, radicada em Curitiba há 12 anos. Já dividiu palco com grandes nomes como Criolo, Sandra de Sá, Toninho Gerais, As Bahias, Mulamba, Tássia Reis, entre outros. O álbum “Dendê” é o retrato da Música Preta Brasileira, assim como o single “Inês Rainha” — um protesto musical em homenagem a todas as mulheres que reinam nesse tempo. Destaque no SPFW 2021, quando desfilou para a estilista Naya Violeta a Coleção Sankofa. É idealizadora do Samba da Nega e da ÍFÈ Personalizados. Lançou recentemente o videoclipe “Devoção”.

Marcilene Garcia de Souza (representada pela irmã Santa de Souza) 

– Graduada em Ciências Sociais e mestre pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com trajetória de ativismo no movimento negro, docência e pesquisa na área de relações raciais com foco no Paraná, destacadamente em Curitiba. Doutora em Sociologia, possuindo vários artigos e livros. Organizadora da publicação “Africanidades Paranaenses”, o primeiro livro didático que conta a história do Paraná a partir da contribuição da população negra.

Maria de Fátima Beraldo

 – Professora, graduada em Letras pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), especialista em Educação pela Faculdades Integradas Norte do Paraná (Unopar), Mestre em Sociologia pela UEL. Foi professora da Rede de Educação Básica do Paraná e da Secretaria da Educação de Londrina. Professora-colaboradora do Neab (Núcleo de Estudos Afro Brasileiros da Universidade Estadual de Londrina). Militante do Movimento Negro, Feminista Negra. Membro do Conselho de Promoção da Igualdade Racial de Londrina. Integra as comissões de homologação de cotas na graduação e pós-graduação da UEL e comissões de heteroidentificação de concursos públicos. Atualmente está como gestora municipal de Promoção da Igualdade Racial em Londrina. Atua com formação para professores e público em geral sobre a temática das relações étnico-raciais.

Sandra Mara Aguillera

 – Doutoranda em Ciência da Informação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). A primeira mulher negra da área da C.I. em Londrina a construir uma tese para defesa de dissertação de Mestrado com tema Mulheres Negras, Memória Coletiva. Presidente do Instituto Coletivo Black Divas. Membro do Conselho de Políticas Públicas da Mulher em Londrina desde 2012. Na gestão 2020/22 atuou como coordenadora da Comissão de Enfrentamento à Violência contra Mulher (CMDM-Londrina). Conselheira do CMPIR. Pesquisadora, escritora e consultora.

Will Amaral

 – Professora, pedagoga, pós-graduada na área da Educação, com ênfase nas Condicionantes das Escolhas do Aluno Negro no Ensino Profissional. Foi coordenadora da Equipe Multidisciplinar da Secretaria de Educação do Paraná, Promotora Legal Popular. Presidente do Instituto Afro-Brasil do Paraná, membro da Rede de Mulheres Negras, da Rede de Proteção e Orientação de Refugiados e Migrantes, do Fórum de Combate ao Racismo de Araucária e da Organização do Evento Feira Afro da Praça Zumbi dos Palmares.

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