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EUA: Agentes foram orientados a empurrar crianças imigrantes em rio
Um agente da segurança da fronteira dos Estados Unidos denunciou
Um agente da segurança da fronteira dos Estados Unidos denunciou ações “desumanas” em emails obtidos pela imprensa internacional.
O que aconteceu?
Patrulheiros do Texas eram orientados a empurrar bebês e crianças imigrantes no rio, além de negar água a pessoas que tentavam atravessar a divisa ilegalmente em dias de extremo calor, segundo mensagens reveladas pelo jornal Houston Chronicle e confirmados pela CNN Internacional e The Guardian.
Em email enviado a superior, patrulheiro pede mudanças nas diretrizes: “Acredito que cruzamos o limite do desumano”, escreveu em “Devido ao calor extremo, a ordem de não dar água às pessoas também precisa ser revertida imediatamente”.
Crianças imigrantes foram empurradas de volta ao rio Grande, na fronteira dos EUA com o México. O agente narra duas situações que aconteceram nos dias 25 e 30 de junho. Na primeira, os patrulheiros encontraram um grupo de 120 pessoas tentando cruzar o rio, incluindo crianças e bebês de colo. Um comandante ordenou que eles “empurrassem as pessoas na água, de volta para o México”.
Menina de quatro anos desmaiou de exaustão na travessia. O homem também narra um caso em que ele e o colega encontraram uma menina de quatro anos que desmaiou ao tentar atravessar o rio num dia em que fazia 38 ºC. Ela e o grupo que a acompanhava foram empurrados no rio.
Grávida ficou presa em arame farpado e teve aborto espontâneo. Também em 30 de junho, uma mulher grávida ficou presa em armadilhas de arame farpado que a patrulha coloca no rio. Os patrulheiros a encontraram em “dor extrema” e a levaram a um hospital. Ela perdeu o bebê.
Agentes expressaram preocupação a superiores, mas ouviram para “dizer aos imigrantes para voltar ao México, entrarem no carro e saírem dali”. “Precisamos operar da maneira correta aos olhos de Deus”, escreveu o agente nos emails obtidos pela imprensa.
Casa Branca disse que ações são ‘abomináveis’
A secretária de imprensa do governo americano afirmou que, se os relatos do agente forem verdadeiros, as ações são “abomináveis” e “perigosas”. “Estamos falando dos valores básicos de quem somos como país”, disse na última terça-feira.