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Saúde

Como prevenir e controlar assaduras em bebês?

Cuidado das dermatites inclui a troca frequente das fraldas, a limpeza suave, a exposição da pele ao ar e a aplicação de cremes

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(Foto: Omar Lopez/Unsplash/Divulgação)
Velho Oeste

Os cuidados com a pele nos primeiros meses de vida são essenciais para o desenvolvimento saudável da criança. O maior órgão do corpo funciona como uma barreira, protegendo da desidratação e da invasão de microrganismos que podem ser perigosos para a saúde.

Uma das principais preocupações de mães e pais, as assaduras são comuns nessa fase da infância. A leitora Márcia Oliveira nos escreveu por e-mail justamente com essa dúvida. Afinal, como controlar e prevenir assaduras nos bebês?

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Antes de tudo, Márcia, é bom explicar que elas são comuns. Vários fatores contribuem para o surgimento das chamadas dermatites de fraldas, nome técnico das assaduras.

A região das fraldas é um local úmido, quente e com pouca exposição ao ar, o que favorece as irritações, que ocorrem por alterações na barreira de proteção da pele.

“As principais causas são o contato prolongado com substâncias irritantes das fezes e urina, casos de diarreia, fatores da dieta para algumas crianças e uso recente de antibióticos”, afirma a médica pediatra Maria Amélia Castro Lima Borrelli, do Hospital Sírio-Libanês.

Como prevenir as assaduras?

O controle inclui a troca frequente das fraldas, a limpeza suave, a exposição da pele ao ar sempre que possível e a aplicação de cremes preventivos específicos para assaduras, de acordo com orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

“É preciso realizar a troca imediatamente na presença de fezes, de preferência usando água para a limpeza, e secar bem a região com tecido macio. Os lencinhos devem ser evitados até os dois meses de idade. Ao optar por usar pomada de barreira, elas não devem conter antifúngico, antibióticos ou corticoide, exceto sob prescrição médica”, orienta.

A higienização com água e algodão geralmente é suficiente. Na presença de fezes, pode-se utilizar sabonetes líquidos infantis no momento da troca.

Em relação aos cremes, a especialista afirma que eles ajudam a formar uma barreira que hidrata, nutre e protege a pele. “O uso não é obrigatório e, quando optado, o ideal são fórmulas que não contenham parabenos”, pontua.

Fraldas com maior absorção fazem com que o bebê permaneça mais sequinho. A textura do produto também reduz o risco de dermatites – quanto mais suave, maior o conforto para a pele.

Outra medida recomendada para evitar o problema é deixar a pele “respirar”. Nesse contexto, uma fralda com mais poros pode ser ideal para a pele do bebê. “Também é bom manter o bebê sem fralda por alguns momentos no dia”, diz Maria Amélia.

E o tratamento?

O tratamento envolve os mesmos pontos da prevenção com a higiene e a intensificação da troca das fraldas. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda ainda o uso de cremes de barreira, como os à base de óxido de zinco.

Como a área já está lesionada, a orientação é evitar a fricção durante a limpeza e a retirada excessiva da pomada.

Se a inflamação for intensa e ocorrer com frequência, vale procurar o médico, pois podem ser indicados medicamentos específicos e até mesmo o probióticos, para reequilibrar a composição das fezes, em caso de diarreia.

É importante não usar produtos com princípios ativos anti-inflamatórios ou antimicrobianos (contra bactérias e fungos) por conta própria, pois eles podem provocar efeitos colaterais e intensificar a dermatite.

Pontos de atenção

A fralda mais adequada pode variar de acordo com os hábitos, a alimentação e as características de cada bebê. Os especialistas recomendam evitar produtos com fragrâncias e parabenos, que são compostos químicos utilizados como conservantes.

A escolha deve priorizar itens dermatologicamente testados e hipoalergênicos, desenvolvidos com quantidade menor de substâncias com potencial de causar alergias, segundo o Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Huggies Brasil.

Outros cuidados com a pele

Nos recém-nascidos, a atenção deve ser redobrada devido à sensibilidade associada à adaptação do ambiente líquido no útero materno para as condições externas, na presença de oxigênio.

O primeiro banho, por exemplo, deve ser realizado 24 horas após o nascimento ou adiado em pelo menos seis horas, segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Pais e responsáveis podem utilizar óleos naturais, que apresentam potencial calmante, hidratam e suavizam a pele. Eles são indicados pela SBP como produtos auxiliares durante o banho e para facilitar as massagens.

Pesquisas sugerem que a massagem infantil, particularmente quando um lubrificante é usado, tem efeitos benéficos, incluindo melhora da pele amarelada, quadro de icterícia, e ganho de peso.

Os hidratantes podem ser utilizados, de preferência após o banho, diariamente ou pelo menos três vezes na semana. Já os sabonetes líquidos infantis, e especialmente os syndets [que possuem muito pouco sabão na fórmula], são os mais recomendados para recém-nascidos e bebês em fase de amamentação.

A SBP também recomenda evitar a exposição direta ao sol em crianças abaixo de 6 meses. Após essa idade, os pequenos podem tomar sol em horários com menor incidência dos raios solares, como no início da manhã e no final da tarde, com o uso de protetor específico para a idade.

De acordo com a SBP, o uso de xampu não é considerado essencial para o cuidado do couro cabeludo. Além disso, as unhas devem ser mantidas limpas e curtas.

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