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Tromboembolismo pulmonar: entenda as causas e os riscos do problema de saúde

Condição ocorre quando um coágulo se desloca pela corrente sanguínea e se aloja nas artérias do pulmão

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FOTO: Getty Images/Prapass Pulsub
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O tromboembolismo venoso é caracterizado pela presença de um trombo ou um coágulo no sistema circulatório. A condição se manifesta de duas formas: trombose venosa profunda (TVP), que acomete uma veia profunda dos membros inferiores, e o tromboembolismo pulmonar (TEP), que é a terceira maior causa de morte cardiovascular.

O problema de saúde ocorre quando o coágulo se desloca pela corrente sanguínea e se aloja nas artérias do pulmão, o que dificulta a oxigenação do sangue. O agravamento está associado à sobrecarga do coração, podendo levar ao infarto do miocárdio e a óbito.

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O desenvolvimento da doença está relacionado à falta de mobilidade, como ficar longos períodos sentados ou em pé e situações rotineiras em ambientes de trabalho, como explica a médica pneumologista Elnara Negri, do Hospital Sírio-Libanês.

“As causas podem ser genéticas, medicamentosas, em geral, uso de anticoncepcionais pode estar ligado a esses quadros. O tabagismo também é um fator que pode aumentar a frequência de ocorrência de tromboses. Em viagens longas, principalmente aéreas, com muito tempo de imobilização também podem aumentar a chance de um quadro assim. Outro fator são os períodos pós-operatórios, quando se tem mais chance também de ter a formação desses coágulos”, diz Elnara.

O presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo, Fabio Rossi, explica que existem outros fatores de risco, como obesidade, insuficiência cardíaca e renal, doenças autoimunes, tabagismo, câncer, trauma, cateter venoso central, varizes nos membros inferiores, causas genéticas e doenças infecciosas como as infecções virais e bacterianas graves.

Apesar de se manifestar com maior incidência em pessoas mais velhas, o tromboembolismo venoso também pode acometer os mais jovens devido a hábitos nocivos, como o do tabagismo, incluindo o uso de cigarros eletrônicos, e o sedentarismo. As mulheres, tanto as mais jovens como as mais velhas, que usam anticoncepcionais ou fazem reposição hormonal, estão na gravidez ou no puerpério, possuem chances mais altas de desenvolver a condição do que os homens.

Sintomas

Os sintomas mais comuns do tromboembolismo venoso são: dor, inchaço, calor, vermelhidão e endurecimento do tecido do membro acometido. Em quadros com embolia pulmonar, os indícios são tosse, dor torácica, escarro com sangue, palpitações, desmaio e até parada cardiorrespiratória nos casos mais graves.

Rossi acrescenta que é fundamental que os casos suspeitos sejam imediatamente investigados e, se confirmados, que, imediatamente, seja prescrito o uso de anticoagulantes. Segundo o médico, sem o diagnóstico e tratamento corretos e imediatos, o problema pode levar a complicações graves, sendo a parada cardíaca e, consequentemente, o óbito o quadro mais crítico, que acontece em 19,6% dos casos de embolia pulmonar maciça.

“É uma doença com gravidade elevada porque pode progredir e levar à insuficiência respiratória e à parada cardíaca. Necessita de atendimento de urgência, e o tratamento depende da dimensão do coágulo e do seu posicionamento. São utilizados anticoagulantes e agentes que destroem o trombo, trombolíticos, sempre sob indicação e supervisão médica”, diz a pneumologista.

Em uma fase tardia, a obstrução parcial das artérias do pulmão pode gerar a hipertensão pulmonar tromboembólica crônica, uma causa frequente de perda de qualidade de vida e que acomete de 2% a 4% dos pacientes sobreviventes.

O diagnóstico é feito com o auxílio de exames, sendo a ultrassonografia com doppler vascular indicada nos casos de suspeita de trombose, e a tomografia computadorizada, nos casos de hipótese de embolia pulmonar.

“Além da anticoagulação, que deve ter acompanhamento médico, pois existe o risco de hemorragia, nos casos graves, quando existe risco de morte, existe indicação de dissolução imediata do trombo, que pode ser feita por infusão de medicamento endovenoso, ou por aspiração com técnicas de cateterismo, que vêm apresentando resultados clínicos promissores, com redução do risco de sangramento”, diz Rossi.

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