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Golf que atropelou e matou mulher em Cascavel é apreendido; policial penal não podia “fazer bico” de segurança

Veja as atualizações do caso

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Crédito: Aílton Santos / Portal 24 Horas
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A Delegacia de Homicídios de Cascavel apreendeu na manhã de quarta-feira (31) o veículo Golf que está envolvido no acidente que vitimou fatalmente Daiane de Jesus Oliveira, de 28 anos de idade.

A jovem foi atropelada na Rua Paraná, na madrugada do último domingo (28), enquanto estava caída no meio do asfalto. O automóvel arrastou a vítima por mais de 70 metros e o condutor, mesmo após parar, realizou nova arrancada para tirar o corpo debaixo o carro e fugir.

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Antes disto, a mulher se envolveu em um conflito com seguranças de uma casa noturna e foi derrubada no meio do asfalto, sendo tragicamente atropelada.

A investigação do crime está sendo coordenada pelo Delegado Fabiano Mozza, o qual relatou, na última segunda-feira (29), que a defesa do motorista já havia entrado em contato com a Polícia Civil, afirmando que iria se apresentar.

Mesmo após o período de flagrante, o homem ainda não havia comparecido à 15ª SDP, sendo que os investigadores ainda estavam à procura do automóvel, o qual foi localizado após o motorista entrar em contato com o advogado e informar a localização do veículo.

Ele foi apreendido e encaminhado ao Pátio da Delegacia de Polícia Civil, onde deverá ser periciado.

Embaixo do automóvel era possível notar que algumas peças foram danificadas em razão do atropelamento, mostrando a força do impacto. O para-choque do Golf não chegou a ser danificado e não era visualizado marcas de sangue.

Segundo as informações, o carro estava parado em um imóvel localizado na Região do Lago, em Cascavel.

Fabiano Moza, o delegado da Delegacia de Homicídios, diz que o motorista não é considerado foragido porque deve ser o último a ser interrogado. A data em que o suspeito deve se apresentar na delegacia ainda deve ser agendada.

Veja as imagens de quando Daiane era arrastada pelo veículo após o atropelamento:

SOBRE O POLICIAL PENAL

O policial penal que se envolveu em luta corporal com Daiane de Jesus Oliveira, de 28 anos, não poderia fazer bico como segurança na casa noturna Moonlight, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp) com base na Constituição Federal.

De acordo com a nota enviada pelo governo, os policiais só podem exercer atividades de docência e na área da saúde fora do período do expediente.

“Caso os policiais tenham envolvimento criminal, o caso será apurado pela Polícia Judiciária e pela Corregedoria da instituição. Por fim, ressaltamos que, devido ao sigilo profissional, a Sesp não informa quantos policiais estão afastados nas instituições”, diz a nota da Secretaria.

De acordo com o delegado Fabiano Moza, até o momento, as provas e depoimentos de testemunhas indicam que o policial penal deve responder por homicídio doloso com dolo eventual, e o motorista por homicídio culposo devido à omissão de socorro.

Conforme informou a Polícia Penal do Paraná (PPPR), o servidor foi afastado das funções, mas não divulgou se ele deixou o cargo. 

Também por meio de nota, a PPPR diz que ao tomar conhecimento da participação de um policial penal, de Cascavel, no caso ocorrido na madrugada deste domingo (28), onde Daiane de Jesus Oliveira, de 28 anos veio a óbito, afastou imediatamente o servidor das funções até que os fatos sejam esclarecidos.

A PPPR ainda não teve acesso ao inquérito que apura os fatos, mas vai contribuir com as autoridades que investigam o caso. Nossa corporação lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com familiares e amigos da jovem.

O trabalho da PPPR é pautado pelo respeito ao próximo, pelo compromisso com a segurança pública e com a sociedade. Repudiamos veementemente atos de violência e ações isoladas não condizem com os princípios da Polícia Penal do Paraná e serão apuradas com rigor. 

Um procedimento administrativo, instaurado pela corregedoria da PPPR, vai apurar a conduta e as responsabilidades do policial penal.

FAMÍLIA QUER PUNIÇÃO

O assistente de acusação Moacir Ferrari compareceu, na tarde desta quarta-feira (31), na delegacia da Polícia Civil de Cascavel (PR), para solicitar novas imagens das câmeras de segurança antes do atropelamento de Daiane de Jesus Oliveira, na Rua Paraná.

“O que a família quer é que sejam apurados todos os fatos e seja feita a justiça. Houve ali uma morte de maneira cruel. Então, a família quer que seja apurado e os responsáveis sejam punidos”, destacou.

SEGURANÇA PRESTA DEPOIMENTO

O controlador de acesso da casa noturna esteve, nesta quinta-feira (01), acompanhado da advogada de defesa, Karina Raquel Ferreira, que afirmou que ele não ocupa cargo público.

O segurança, defendido por Karina, retirou o vidro que estava na mão de Daiane no momento em que ela foi para cima do policial.

“Ele só agiu para defender a integridade do colega de trabalho”, destacou a advogada.

Depois de intervir, o segurança juntou os cacos de vidro do asfalto e voltou para o estabelecimento porque um grupo estava saindo da casa noturna Moonlight de forma desordenada. Segundo a advogada, o cliente afirma que não viu o momento em que aconteceu o atropelamento. 

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