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Conheça as novas lendas da 2ª temporada da série brasileira ‘Cidade Invisível’; veja o trailer

Uma “nova versão” da Mula Sem Cabeça, o lobisomem e a Matinta Perê são algumas das lendas que movimentam a trama

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Imagem: Divulgação/Netflix
Martin Luther – Enem

A aguardada segunda temporada de “Cidade Invisível” chega hoje à Netflix, apresentando novos personagens folclóricos, novas dinâmicas e uma mudança radical de cenário.

Uma “nova versão” da Mula Sem Cabeça, o lobisomem e a Matinta Perê são algumas das lendas que movimentam a trama.

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Mudança para Belém do Pará

No final da primeira temporada, que se passa no Rio de Janeiro, Eric (Marco Pigossi) é resgatado pela Cuca (Alessandra Negrini) e sua “turma” de lendas após ser possuído pelo Corpo-seco.

Já a nova temporada se passa desde o início em Belém, com Luna (Manu Dieguez), já adolescente, procurando pelo pai na Floresta Amazônica.

“Foi muito legal gravar na floresta, na Amazônia, porque a série fala muito disso. […] Uma coisa curiosa de gravar lá na floresta é que no Pará, mesmo sendo muito calor, chovia muito. Então, teve várias cenas em que não era para estar chovendo, mas que a gente teve que gravar na chuva mesmo”, conta Manu sobre o novo cenário.

Sua companheira na busca é a própria Cuca, que agora assume um papel mais “maternal” em relação à menina.

Matinta Perê

Com o novo cenário, novos personagens do folclore também entram na história. Um deles é a Matinta Perê, ou Matinta Pereira, lenda conhecida na região Norte do país.

A personagem é interpretada por Leticia Spiller, que aparece com um visual bem diferente das suas outras personagens: dentes podres, cabelo sujo, roupas rasgadas e uma aparência bem sombria. A atriz conta que foi ela quem deu a ideia de usar um óleo no cabelo na caracterização, um processo que durava de uma hora e meia a duas horas.

“Para mim foi maravilhoso. Eu amei me ver dessa forma, distante de mim. Eu amo brincar de ser outras, e entrar nesse universo fantástico sempre foi um sonho, sempre foi um desejo”, contou Leticia Spiller.

Como toda lenda, há variações, mas a história mais difundida é de que a Matinta é uma bruxa velha que, à noite, se transforma em um pássaro, como a coruja rasga-mortalha ou o corvo. A Matinta pousa no telhado e se põe a assobiar, até que o morador da casa prometa algo para que ela pare com o barulho, geralmente tabaco, café ou cachaça. No dia seguinte, ela volta para cobrar o combinado e, caso a promessa não seja cumprida, uma desgraça acontece naquela casa.

Mula Sem Cabeça

Outra ex-estrela de novelas da Globo e da RecordTV se junta ao elenco de “Cidade Invisível”. Simone Spoladore é a Mula Sem Cabeça, e sua personagem é revelada em cenas impressionantes, repletas de efeitos especiais.

A Mula, porém, vem em uma versão “desconstruída”. Reza a lenda que as mulheres que tivessem relações sexuais antes do casamento, sobretudo com padres, seriam amaldiçoadas e se tornariam a Mula Sem Cabeça, uma mula que percorre matas e campos de madrugada soltando fogo pelas ventas. A série busca subverter essa ideia de “maldição” que recai sobre a mulher.

“É como se ela precisasse resgatar essa força dela, a força da natureza, a força de ser quem ela é, e assumir que ela é a Mula Sem Cabeça. Eu trabalhei muito esse símbolo, na sensação mesmo dessa mula, desse animal livre, correndo pela floresta sem cabeça. Essa relação com o instinto, com o sagrado, com o cosmos, com o infinito. […] A gente trabalhou nesse sentido de ela aceitar e tornar aquilo uma bênção e não uma maldição. Que a liberdade dela seja uma bênção”, explica Simone.

Boiuna

A Boiuna é mais uma lenda com origem na região Norte do país. Trata-se de uma cobra gigantesca que vive no fundo dos rios e lagos da Amazônia e, com seus olhos brilhantes, consegue atrair pescadores para se alimentar deles. Ela pode assumir outras formas, como a de mulher, navio ou canoa, para enganar suas vítimas.

Na série, é interpretada por Zahy Tentehar, atriz e artista que faz parte do povo tentehar-guajajara. Na versão “humana”, a Boiuna é a ambiciosa e misteriosa Débora. Zahy conta que se sentiu “representada” e “ouvida” pela equipe da produção.

“Eu sempre opino em tudo, em todos os trabalhos que eu faço, porque existe uma visão domesticada da nossa cultura. […] Tem algo que só nós podemos falar sobre nós. Por mais que outras pessoas que estudem, que tentem entender sobre o que é ser indígena, como é o indígena, nunca vão chegar, nunca vão ser”, diz.

“Eu sempre estou buscando mostrar que nós, povos indígenas, somos seres humanos, como qualquer outro, como qualquer outro artista. Nós temos talentos e, embora digam que nós não nos desenvolvemos o suficiente, a gente se desenvolveu tanto que estamos aqui para provar isso”, disse Zahy Tentehar.

Lobisomem

O pequeno Bento (Tomás de França) interpreta o lobisomem, uma das lendas mais conhecidas do folclore brasileiro, que também tem suas versões espalhadas mundo afora.

A história de como alguém se torna lobisomem costuma variar de região para região, mas o final é o mesmo: um menino ou homem que, em noites de lua cheia, se torna metade lobo e sai por aí em busca de vítimas.

Zaori

Essa lenda é mais conhecida no Sul do país e diz que os Zaoris são homens nascidos na sexta-feira santa. No lugar de olhos comuns, têm um par que enxerga as riquezas da terra, como minas de ouro e pedras preciosas.

Na série, Lazo (Mestre Sebá) é um Zaori escravizado por garimpeiros ilegais na busca por tesouros.

O que acontece com Eric em “Cidade Invisível”?

Na nova temporada, Eric precisa encarar seu lado sobrenatural após descobrir nos episódios anteriores que é filho do Boto e ser possuído pelo Corpo-seco.

Marco Pigossi, que passou a maior parte da primeira fase da série sendo um humano “comum”, se divertiu ao incorporar esse lado místico ao protagonista.

“O Eric é um personagem que sempre quis ter o controle das coisas, agora tendo algo que o controla. […] É muito mais legal”, diz.

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