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Pablo Milanés, cantor e compositor cubano, morre na Espanha

Engajado na luta por mudanças em Cuba, em uma de suas músicas questiona as feridas da revolução

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Reprodução/Instagram
Rui Barbosa

O cantor e compositor cubano Pablo Milanés morreu hoje em Madri, informou a assessoria do artista, um dos expoentes da Nueva Trova Cubana. Milanés estava internado havia alguns dias na capital espanhola e tinha, entre outras doenças, um problema renal que o forçou a se submeter a um transplante de rim em 2014. O intérprete de clássicos como “Yolanda”, “El breve espacio que no estás” e “El amor de mi vida” foi obrigado recentemente a cancelar vários shows da turnê Días de Luz.

Ao contrário de muitos artistas cubanos, tanto em suas declarações quanto nas letras de suas canções, Milanés sempre lutou por mudanças políticas na ilha. No disco “Regalo”, lançado há dez anos, músicas como “Dos preguntas de um día” refletem sobre as feridas abertas nestes 60 anos de revolução e perguntam abertamente se “valeram a pena”.

Ótica da Visão

Nascido em 24 de fevereiro de 1943 em Bayamo, leste da ilha, abraçou fortemente a revolução em seus primórdios e depois se distanciou, mas nunca rompeu a relação que o unia a seu povo por meio da música. Em entrevista ao Globo em 2012, disse que se considerava acima de tudo uma pessoa responsável e preocupada com os problemas do país. Por isso nunca se calou. “O silêncio destrói”, diz em uma de suas letras.

Vencedor de dois Grammys Latinos de melhor álbum de cantor e compositor (2006) e excelência musical (2015), o cubano tinha muitos amigos no Brasil, entre eles os cantores e compositores Chico Buarque e Milton Nascimento, com quem deixou gravações inesquecíveis.

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