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Policial e Trânsito

Polícia investiga caso de eleitor petista que teve carro baleado após resultado das eleições, em Foz do Iguaçu: ‘Senti um vento na minha orelha’

Carro do guarda municipal estava com adesivos e bandeira de apoio a Lula. Além do motorista, estavam no carro uma mulher e duas crianças. Ninguém ficou ferido

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Guarda Municipal relatou ter colado os adesivos no dia anterior — Foto: Marcos Landim/RPC Foz do Iguaçu
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A Polícia Civil investiga o caso de um eleitor petista que teve o carro baleado na noite deste domingo (30), em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.

O guarda municipal José Jeferson dos Santos disse que o tiro atingiu o carro dele no cruzamento das avenidas Iguaçu e Imigrantes, no bairro Vila Iolanda.

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O veículo estava com vários adesivos de apoio ao PT e ao presidente eleito Luíz Inácio Lula da Silva.

Além do guarda municipal, no carro estavam a namorada dele e os dois filhos dela – uma menina de 13 anos e um menino de quatro. Nenhum deles ficou ferido.

As marcas de tiro estão no vidro traseiro do carro e no encosto do banco do motorista.

Neste domingo, a polícia e peritos analisaram as marcas no carro. De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), uma investigação vai ser aberta para apurar o caso.

O promotor Luis Marcelo Mafra considerou o episódio “gravíssimo” e disse que câmeras de seguranças devem ajudar a identificar o autor dos disparos.

No dia 9 de julho, o também guarda municipal de Foz do Iguaçu e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, foi morto a tiros pelo apoiador de Bolsonaro Jorge Guaranho.

O acusado está preso no Complexo Médico Penal (CMP) em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A defesa tem tentado reverter a prisão em regime fechado, porém, os pedidos foram negados pela Justiça.

Tiro pegou no banco do motorista

O guarda municipal afirmou que o carro foi atingido quando iam para uma festa de apoiadores de Lula. Segundo ele, naquele momento ainda não havia a confirmação da eleição do petista.

Ele afirma que, justamente por medo de ataques, só colocou os adesivos no carro neste sábado (29).

José Jeferson dos Santos afirma que não conhece o autor dos disparos. Ainda segundo o guarda municipal, o motorista dirigia um carro com adesivos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e bebia cerveja quando disparou contra o veículo.

“Nós sentimos um impacto, nós sentimos… Parecia um tiro de 12 no meu carro, terrível. Eu senti um vento passar na minha orelha. Até então nós não acreditávamos que poderia ser um tiro.”

O guarda municipal disse que estava armado, mas que optou por não reagir por medo de colocar a família em risco.

A namorada do guarda municipal, Letícia Ferreira, estava no banco do passageiro e disse que, inicialmente, não percebeu se tratar de um tiro.

Ela afirmou que hasteava uma bandeira de apoio a Lula para fora da janela quando o carro foi atingido.

“Eu me apavorei, eu não imaginei que fosse um tiro. […] Cada um respeita o espaço do outro, para quê fazer uma coisa dessas?”

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