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Grupo é preso no Paraguai por suspeita de simular delegacia de Polícia Civil e extorquir dinheiro de vítimas pela internet, diz polícia paraguaia

12 homens, sendo 8 brasileiros, procuravam informações sobre vítimas na internet e simulavam delegacia em chamadas pela internet. Estrutura foi montada em condomínio de luxo de Cidade do Leste, na fronteira com o Brasil

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|Foto: Marcos Landim/RPC Foz do Iguaçu|
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12 homens foram presos no Paraguai por suspeita de simular uma delegacia de Polícia Civil e extorquir dinheiro das vítimas pela internet, segundo a polícia paraguaia. A estrutura foi montada em um condomínio de luxo de Cidade do Leste, no Paraguai, cidade vizinha de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. 

O grupo era formado por oito brasileiros. Os outros quatro integrantes eram tailandeses e chineses, segundo a policia nacional do Paraguai.

Dr Rodrigo Dentista

Conforme a investigação o grupo procurava informações das vítimas na internet. Depois faziam contato informando sobre a suposta prisão de um parente, momento em que extorquiam as vítimas.

“A primeira coisa, com as anotações que tinham, pelo que encontramos, fazem uma busca social, entram nas redes sociais, buscam suas vítimas, aqueles que tem mais informações, que publica muitas informações, eles viam como vulneráveis, como um candidato principal de vítima. Então quando conseguem a informação que eles querem para continuar a operação, eles começam a chamar, a criar uma história para poder enganar ou exigir dinheiro,” explicou o comissário da polícia nacional do Paraguai, Carlos Alberto Duré.

De acordo com a polícia, para conseguir mais informações sobre as vítimas, a quadrilha também se passava por representantes de empresas de cobrança e telefonia.

Anotações apreendidas mostram roteiros usados por eles para conversas no telefone com as vítimas. São frases para começar um diálogo e pedir informações como CPF e endereço.

Dezenas de celulares, cartões de crédito, drogas, algemas e armas foram apreendidos.

‘Credibilidade ao crime’

Segundo a polícia, antes de agir, o grupo foi treinado por outros integrantes da quadrilha que já tinham experiência nesse tipo de crime.

“Isso é o que podemos captar com as informações, e também nas conversas e entrevistas com os autores. Eles tiveram uma capacitação online por pessoas que os treinavam, para chamar a atenção das pessoas primeiro e depois, numa segunda etapa, a formação de como ser policial, principalmente do lado brasileiro, em português, tudo em português,” afirmou o comissário da polícia nacional do Paraguai, Carlos Alberto Duré.

A casa usada pela quadrilha fica em um bairro nobre de Cidade do Leste, no Paraguai. O local chama atenção pelo tamanho. Muros altos, cerca elétrica, vigilância 24h.

De acordo com a polícia, o grupo montou um cenário como se fosse uma delegacia da Polícia Civil, tudo pra enganar as vítimas por meio de videochamadas.

Os agentes encontraram camisetas da Polícia Civil e um banner com o símbolo da polícia.

“Tinha que ter uma credibilidade, para poder ganhar a pessoa, para poder dar a possibilidade da pessoa transferir dinheiro para a conta ou de ter certeza ou estar confiante que o que te disse a polícia do outro lado é realmente isso. Então criaram todo um cenário, é uma situação muito particular para que, aquele que está sendo vítima, acredito no que está acontecendo,” disse o comissário da polícia nacional do Paraguai.

Segundo os investigadores, o grupo agia em Cidades do Leste, mas as vítimas são brasileiras que moram no Brasil e no Paraguai.

A próxima etapa da investigação, conforme a polícia paraguaia, é fazer a perícia nos equipamentos apreendidos e identificar quantas pessoas foram vítimas da quadrilha.

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