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Sobe para 5 o número de mortos no Alemão; moradores retiram mais corpos da favela

Grupos de elite das polícias Militar e Civil foram combater o roubo de veículos, de carga e a bancos

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| Foto: Reprodução/TV Globo|
Martin Luther – Enem

A Polícia Militar confirmou no início da tarde desta quinta-feira (21) um quinto morto na operação com a Polícia Civil, nesta quinta-feira (21), no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. Trata-se, segundo a corporação, de um criminoso.

Além dessas mortes confirmadas, porém, moradores retiraram de ruas das comunidades pelo menos mais três corpos de pessoas supostamente baleadas nos confrontos.

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Os corpos foram deixados na UPA do Alemão e no Hospital Getúlio Vargas, na Penha.

Quem são os mortos

  • O cabo Bruno de Paula Costa, atingido no pescoço em um ataque à UPP da Fazendinha;
  • Letícia Marinho de Sales, de 50 anos, baleada dentro do carro — segundo parentes, por um policial;
  • Três bandidos em confronto, de acordo com a PM, ainda não identificados.

Moradores relataram intensos tiroteios e até rajadas contra um helicóptero. No meio da manhã, mototaxistas saíram em um protesto.

Baleada dentro de carro

Segundo parentes, Letícia era moradora do Recreio e foi baleada dentro do carro por policiais e chegou morta à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Alemão.

Denilson Glória, namorado de Letícia e que estava com ela no carro na hora do ataque, contou que policiais dispararam num sinal da Rua Itararé.

“Ao sair, tinha policial num sinal, paramos. Mesmo assim, o carro foi alvejado”, afirmou. “Só vi ela caindo para o meu lado. Quando eu olhei, tinha um furo no peito”, detalhou.

Jaime Eduardo da Silva, primo de Denílson, também foi atingido de raspão no pescoço.

“E agora, o que vou falar para a família que está lá dentro chorando? O que eu vou dizer para a filha da mulher que está lá chorando? O que eu vou dizer para o neto da mulher que está chorando? Vou falar o quê?”, questionou.

“Foi dado para matar. Porque o policial atravessou na frente do nosso carro e deu o tiro.”

‘Situação tensa’

“A situação na região como um todo ainda é bastante tensa”, afirmou o tenente-coronel Ivan Blaz, porta-voz da PM.

O Bope e o Core, grupos de elite das corporações, foram mobilizados, assim como 10 blindados e um helicóptero. Só da PM, 400 homens estão na operação.

Passageiros de um ônibus tiveram de se jogar no piso para fugir de balas perdidas.

“É uma operação que se fazia necessária por conta das ações criminosas que os marginais dessa comunidade vêm desempenhando em diferentes pontos do Estado do Rio de Janeiro”, disse Blaz.

Segundo Blaz, os traficantes “têm diversificado bastante suas atividades criminosas, atuando também no roubo de carga”. “Sempre com objetivo estratégico de sustentar a sua política expansionista. E isso também inclui a permanência dos marginais de outros estados que ainda estão escondidos”, detalhou.

A PM informou que criminosos atacaram a UPP da Fazendinha, onde estava o PM que morreu. Ele foi atingido no pescoço. O que foi baleado no pé está fora de perigo.

Grandes roubos na mira

“As informações dos setores de inteligência apontam a presença de criminosos desta região praticando roubos de veículos principalmente nas áreas dos bairros do Grande Méier, Irajá e Pavuna”, informou a PM.

“Esse grupo vem empreendendo roubos a estabelecimentos financeiros — como aqueles que ocorreram no município de Quatis, em Niterói e na Baixada Fluminense — e roubos de carga, além de planejar tentativas de invasão a outras comunidades da cidade”, emendou.

“Com o objetivo de impedir a circulação das polícias no morro, os traficantes estão jogando óleo em vias e colocando fogo em barricadas”, acrescentou a Polícia Militar.

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