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Em nova denúncia, marido diz que foi retirado da sala de cirurgia antes de parto da mulher por anestesista filmado estuprando grávida: ‘Muita raiva’

Giovanni Quintella Bezerra foi filmado por funcionários do Hospital da Mulher de São João de Meriti ao estuprar uma grávida na sala de parto. A defesa do anestesista disse que aguarda acesso à íntegra dos depoimentos para se manifestar

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|Foto: Reprodução/ TV Globo|
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O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante pelo estupro de uma mulher grávida durante uma cesariana, foi alvo de mais denúncias após ser levado pela polícia, na última segunda-feira (11).

Em um dos novos depoimentos feitos na Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, o marido de uma das supostas novas vítimas contou que foi retirado do centro cirúrgico por Giovanni Quintella, antes mesmo do fim do nascimento de seu filho.

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“O rapaz que dá anestesia mandou eu sair na metade. Eu não tinha visto nem a criança e minha esposa já tinha dormido”, contou o marido ao chegar na delegacia.

De acordo com o marido da suposta vítima, ele reconheceu o anestesista pela televisão. Segundo ele, o sentimento é de raiva.

“Quando eu bati de frente na televisão era ele. Já com esse caso. Muita raiva. A gente tá ali confiando nos médicos e acontece uma coisa dessas”, lamentou.

No estupro cometido domingo, Giovanni esperou o acompanhante da parturiente deixar a sala com a criança recém-nascida para cometer o crime.

Os serviços de saúde do SUS, da rede própria ou conveniada, são obrigados a permitir à gestante o direito a acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto.

Este acompanhante será indicado pela gestante, podendo ser o pai do bebê, o parceiro atual, a mãe, um amigo ou outra pessoa de sua escolha. A parturiente também pode optar por não ter acompanhante.

Mulher achou que era uma alucinação

Outra família de uma suposta vítima de Giovanni também procurou as autoridades para denunciar o profissional de saúde. A filha da mulher fez um parto com Giovanni como anestesista no dia 6.

Segundo a mãe de uma das pacientes do anestesista, a filha chegou no quarto após o parto com o rosto sujo.

“A minha filha foi uma das vítimas desse monstro. Quando ela veio para mim, ela tava com o rosto todo sujo. Eu pedi pra irmã dela para passar um lenço umedecido. Eu só sei dizer que ele vai ter que pagar pelo que ele fez”, contou.

A mãe da suposta vítima lembrou ainda que a filha contou sobre o que aconteceu com ela no centro cirúrgico durante o parto. Segundo a mãe dela, a suposta vítima achou que tivesse tido uma alucinação.

“Quero justiça. Minha filha tá com depressão, pelo o que ela passou lá dentro. Ela falou: ‘Mãe eu acho que eu tive uma alucinação, não é possível’. Ela veio para mim pro quarto e ficou dormindo o dia todo. Eu não entendi porque ela estava toda mole”, revelou a mãe.

A polícia investiga se Giovanni cometeu mais dois estupros no dia em que foi flagrado em vídeo e preso, domingo (11).

Funcionárias desconfiaram e gravaram

Na madrugada desta segunda, o médico Giovanni Quintella Bezerra abusou de uma paciente do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, enquanto ela estava dopada e passava por uma cesariana.

Ele foi preso em flagrante por estupro contra uma paciente. Segundo a direção do hospital, Giovanni esperou o marido da vítima deixar o centro cirúrgico para cometer o crime.

A prisão foi feita pela delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, após funcionários da unidade de saúde filmarem o anestesista colocando o pênis na boca da paciente.

O vídeo serviu de prova para a prisão em flagrante do anestesista Giovanni Bezerra. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.

A gravação foi feita por enfermeiras e técnicas da unidade de saúde que já desconfiavam do comportamento do colega de trabalho.

As enfermeiras e técnicas responsáveis pelo flagrante contaram que, no domingo (10), o médico já tinha participado de outras duas cirurgias em salas onde a gravação escondida era inviável.

Na terceira operação do dia, elas conseguiram, de última hora, trocar a sala, esconder o telefone e confirmar o flagrante.

No vídeo do flagrante, a paciente está deitada na maca, inconsciente. Do lado esquerdo do lençol, a equipe cirúrgica do hospital começa a cesariana. Enquanto isso, do lado direito do lençol, a menos de um metro de distância dos colegas, Giovanni abre o zíper da calça, puxa o pênis para fora e o introduz na boca da grávida.

A violência dura 10 minutos. Enquanto abusa da gestante, o anestesista tenta se movimentar pouco para que ninguém na sala perceba. Quando termina, pega um lenço de papel e limpa a vítima para esconder os vestígios do crime.

O que dizem os envolvidos

Em nota, a defesa do anestesista Giovanni alegou que ainda não obteve acesso na íntegra aos depoimentos.

“A defesa alega que ainda não obteve acesso na íntegra aos depoimentos e elementos de provas que foram produzidos durante a lavratura do auto de prisão em flagrante. A defesa informa também que após ter acesso a sua integralidade, se manifestará sobre a acusação realizada em desfavor do anestesista Giovanni Quintella”.

A direção do Hospital da Mulher Heloneida Studart informou que vai abrir uma sindicância interna para apurar as denúncias de estupro durante cesáreas realizadas na unidade.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu nesta segunda-feira (11) um processo para expulsar Giovanni.

A Sociedade de Anestesiologia do Estado do Rio de Janeiro (SAERJ) também manifestou seu repúdio à conduta do médico.

“Esse tipo de comportamento é um completo absurdo e estamos confiantes de que as autoridades competentes irão apurar o que de fato ocorreu e punir o médico com todo o rigor, caso fique comprovado o crime”.

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