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Delegado-chefe licenciado e ex-investigadores do Meio Ambiente em Curitiba são alvo de operação do Gaeco

Grupo é suspeito de exigir dinheiro para liberar um funcionário de posto de combustíveis fiscalizado, em Curitiba; agentes fizeram buscas, nesta terça-feira (19), pela 2ª fase da Operação Mônaco

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| Foto: Divulgação/Matheus Laiola|
Gramado Presentes

Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Curitiba, apreendeu R$ 29,2 mil, além de US$ 1 mil e uma arma durante o cumprimento de mandados em residências ligadas a um delegado licenciado e três ex-investigadores.

Segundo o Gaeco, a operação investiga o delegado-chefe da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente da capital, Matheus Laiola, atualmente licenciado, e três agentes que eram ligados ao setor na época do crime, em 2019.

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O grupo é suspeito pelo crime de concussão (se aproveitar do cargo para exigir algum tipo de vantagem indevida). A investigação, segundo o Gaeco, iniciou após denúncias de que na delegacia em que os suspeitos atuavam era comum as equipes realizarem abordagens para fazerem “acertos” indevidos.

Um dos casos investigado foi de um posto de combustíveis notificado informalmente sem registro de Boletim de Ocorrência (B.O.) por irregularidade ambiental. Dois dias depois da notificação do delegado, segundo denúncia, os agentes abordaram um funcionário administrativo do posto e o levaram até a delegacia para negociar a liberação dele e também a regularização do estabelecimento.

A condição para isso, segundo o Gaeco, foi um pagamento em dinheiro. A princípio, de acordo com a operação, o grupo pediu o valor de R$50 mil, mas o dono do posto acabou baixando o valor e pagando R$ 10 mil pela liberação do funcionário.

A Delegacia de Meio Ambiente, no caso, afirmava que o estabelecimento possuía óleo irregular no espaço, mas em nenhum momento registrou a ocorrência no sistema, de acordo com o Gaeco.

O caso aconteceu em 14 de fevereiro de 2019. As ações desta terça-feira fazem parte da Operação Mônaco, em uma segunda fase.

Na primeira etapa da operação, o Gaeco informou que tiveram acesso ao telefone do empresário do posto e que, após apuração dos fatos, puderam concluir a investigação e deflagrar a segunda fase.

Polícia Civil acompanha o caso

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) informou que participou do cumprimento dos mandados e destacou que a Corregedoria da corporação conduz as investigações de cunho administrativo para apurar eventuais infrações por parte dos servidores.

“A PCPR pauta suas ações na retidão ética e técnico-profissional, não compactuando com desvios de conduta”, disse.

O outro lado

Por meio de nota, a defesa do delegado licenciado Matheus Laiola disse que está tomando todas as providências para “restabelecer a verdade, diante de uma desastrosa operação”, deflagrada com base em uma denúncia anônima realizada há cinco anos.

“É importante destacar ainda que tal denúncia anônima, além de ter sido feita há meia década, sequer menciona o nome do Dr. Matheus Laiola. Não fosse o bastante, referida denúncia é alvo de questionamentos perante o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Os fatos descritos acima causam estranheza e perplexidade à defesa”.

A defesa afirmou ainda que a operação foi deflagrada “com base em falácias, sem materialidade ou fato atual”, tendo como alvo um delegado que “sequer é mencionado na denúncia, de reputação ilibada, dedicado à causa animal e a servir e proteger a sociedade”.

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