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Caso Henry Borel: Barra D’or afirma que menino já chegou morto à unidade

Em documento, hospital afirma à Justiça que Henry apresentava quadro que indicava ‘a presença de parada cardiorrespiratória há algum tempo’. Em julgamento, defesa diz que manobras de ressuscitação podem ter causado lesões

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| Foto: Reprodução|
Velho Oeste

O hospital Barra D’or, para onde o menino Henry Borel foi levado na noite em que morreu, em março de 2021, enviou à Justiça um documento em que afirma que a criança chegou morta à unidade de saúde.

“Vale mencionar que a criança, no momento de sua chegada, já apresentava, ao exame físico, sinais de rigidez em mandíbula e pupilas midriáticas fixas, condição que indicava a presença de parada cardiorrespiratória há algum tempo”, afirma o hospital em um documento obtido pelo g1.

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A morte de Henry Borel antes da chegada ao hospital Barra D’or é um dos principais temas contestados pela defesa de Jairo Santos Júnior, o doutor Jairinho, preso acusado de ter matado a criança.

Segundo os advogados de Jairinho, a criança pode ter morrido no hospital após ter passado por manobras de ressuscitação. O procedimento teria causado a lesão hepática, apontada como causa da morte de Henry.

Na última audiência sobre o caso, Jairinho alegou inocência e disse que Henry sofreu um pneumotórax que acabou deslocando seu coração.

Segundo o documento, no entanto, “A realização de manobras de ressuscitação cardiopulmonar, ainda que tenha sido feita em indivíduo já sem vida, especialmente quando já existia dano pulmonar (como já constatado no exame necroscópico), pode determinar extravasamento do ar para o espaço pleural, uma vez que este é insuflado sob pressão positiva das vias áreas”.

Relembre o caso

Henry Borel morreu no dia 8 de março de 2021, em decorrência de uma hemorragia interna por laceração hepática por ação contundente, segundo o laudo complementar de necropsia do IML. O laudo também revela que o corpo do menino tinha múltiplas lesões.

Jairinho e a professora Monique Medeiros, mãe de Henry, são réus pela morte do menino. De acordo com as investigações, a criança morreu por conta de agressões do padrasto e pela omissão da mãe.

Jairinho foi denunciado por:

  • homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou defesa da vítima), com aumento de pena por se tratar de menor de 14 anos;
  • tortura.

Monique foi denunciada por:

  • homicídio triplamente qualificado na forma omissiva imprópria, com aumento de pena por se tratar de menor de 14 anos;
  • tortura omissiva;
  • falsidade ideológica;
  • coação de testemunha.

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